NOTA: Projeto de Retirada da Bíblia e Crucifixo da Câmara de São Carlos
É totalmente infundada a tese de que permitir a permanência de cruzes e Bíblias em espaços públicos afronta a separação entre Religião e Estado
NOTA
Projeto de
Retirada da Bíblia e Crucifixo da Câmara de São Carlos
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A UNIGREJAS - mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:PT-BR">União Nacional das
Igrejas e Pastores Evangélicosmso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:
PT-BR">, vem a público, por meio de seu representante legal subscrevente, manifestar-se
acerca de projeto em São Carlos, SP, que
propõe leitura da Constituição no lugar da Bíblia e retirada de crucifixo da
Câmara de Vereadores do município.mso-ansi-language:PT-BR">
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Resumo
mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:PT-BR">Foi proposto um
projeto na Câmara de Vereadores de São Carlos, SP, que altera a resolução nº
222 de julho de 2002 e revoga o artigo 121 da resolução nº 302 de 24 de janeiro
de 2018, a fim de que seja realizada leitura da Constituição Brasileira no
lugar da Bíblia, bem como retirada de imagens religiosas de qualquer natureza
da Câmara Municipal. A proposta foi
protocolada pelo 'Mandato Popular Coletivo mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:PT-BR">', encabeçado pelo
professor Djalma Nery, do PSOL.
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Manifestação
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mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:PT-BR">A tentativa de
retirar símbolos religiosos de espaços públicos é constantemente realizada em
nome do Estado laico. Ocorre que essa é uma ideia equivocada sobre o
significado de laicidade e Estado laico. A laicidade brasileira é benevolente e
colaborativa, vez que reconhece a religiosidade do povo, uma nação que foi construída
por valores judaico-cristãos. O próprio preâmbulo da Constituição manifesta que
esta foi promulgada sob a proteção de Deus, com D maiúsculo, deixando claro que
se trata sim do Deus da Bíblia.
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mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:PT-BR">Os crucifixos em
casas legislativas ou tribunais são uma extensão desse reconhecimento por parte
do Estado brasileiro da religião que fundou o país. Não se trata de ato de
tolerância à liberdade religiosa dos cristãos, mas sim de uma postura a ser
assumida pelo Estado em face da nossa história e da importância da
religiosidade para os brasileiros.
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mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:PT-BR">É totalmente
infundada a tese de que permitir a permanência de cruzes e Bíblias em espaços
públicos afronta a separação entre Religião e Estado. Fosse assim, toda e
qualquer simbologia religiosa deveria ser banida da vida pública, a começar
pelos feriados religiosos. E o que dizer do nome do município e do estado onde
está ocorrendo a celeuma: São Carlos, São Paulo?
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mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:PT-BR">Por fim, é bom
trazermos à mente que a cruz é um sinal das limitações do Estado em sua
tentativa de exercer justiça, pois ali, na cruz, foi executado um inocente por
conta de um julgamento injusto. A cruz é, assim, um símbolo religioso, mas
também uma lembrança de que uma sociedade não pode colocar o Estado no lugar do
transcendente, imputando a este a perfeição da justiça que só Deus pode
exercer. A Bíblia, por sua vez, é o livro que nos conta essa história, e tentar
proibir sua leitura na casa onde se faz as leis é sonegar dos sujeitos da
legislatura essa simbologia que colabora para o bem comum.
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Desse modo, a
UNIGREJAS lamenta a propositura do mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:
PT-BR">projeto pelo 'Mandato Popular Coletivo mso-fareast-theme-font:minor-latin;mso-ansi-language:PT-BR">', na Câmara de
Vereadores de São Carlos, SP, que pretende suprimir a leitura da Bíblia naquela casa
legislativa, bem como retirar dali imagens religiosas de qualquer
natureza. O Estado brasileiro,
justamente por ser laico, deve proteger a religiosidade de seu povo, não
impondo a exclusão dos símbolos religiosos históricos da praça pública.
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São Paulo, 22 de
novembro de 2021.
Bp. Eduardo
Bravo Presidente da UNIGREJAS
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