Deputado Márcio Marinho fala da baixa representatividade de negros na política
No Dia da Consciência Negra (20), o parlamentar – que é negro - relembrou a luta de todos em discurso na Câmara dos Deputados, em Brasília. Leia mais
Segundo dados da ONU Brasil, cerca de cinco jovens negros morrem a cada duas horas no país. Em um ano o número pode chegar a 23 mil pessoas, o equivalente a uma morte a cada 23 minutos. Ainda de acordo com dados do Mapa da Violência, a capital baiana (Salvador) ocupa o quinto lugar no ranking de assassinatos.
O Brasil é o segundo país com maior número de negros, perdendo apenas para a África, representando mais da metade da população brasileira.
Representação negra ainda é baixa
O deputado federal Márcio Marinho (do partido Republicanos), que é negro e bispo da Igreja Universal, falou no Plenário Ulysses Guimarães, em Brasília, no Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro). Segundo ele, a representatividade negra na política ainda é pequena e “tem que crescer”, afirmou.
Na Câmara Federal, dos 513 deputados, menos de 25% correspondem a negros e pardos.
“Aqui nesta Casa, onde todos deveriam ser representados, somos menos de 25% dos 513 deputados. Fomos vítimas na escravidão e continuamos vítimas”, afirmou o deputado.
O Dia Nacional da Consciência Negra é comemorado desde 2003 e tem sido um ato de relembrar todas as adversidades históricas sofridas e os avanços e vitórias conquistados ao longo dos anos.
A data é feriado em cerca de mil cidades brasileiras e foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmares, em 1695, aos 40 anos, um dos maiores líderes negros do Brasil e que lutou pelo fim da escravidão colonial no Brasil.
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