Pós-Eleição: Continuaremos a Orar Pelo Brasil
É preciso pararmos para pensar o que a vitória do ex-presidente, eleito pela terceira vez, significa para o Brasil, para a Igreja e para cada um de nós

PALAVRA
DO PRESIDENTE
Pós-Eleição: Continuaremos a Orar Pelo Brasil
As eleições passaram, e o candidato do PT, Luís Inácio Lula da Silva, com
50,90% do votos, saiu vitorioso no pleito mais disputado de nossa jovem
democracia. É preciso pararmos para pensar o que a vitória do ex-presidente,
eleito pela terceira vez, significa para o Brasil, para a Igreja e para cada um
de nós.
A partir das propostas de Lula em campanha, podemos avaliar com mais
propriedade as áreas em que precisaremos, como Igreja, intensificar as nossas
orações. Lula foi o candidato da extrema-esquerda, com viés altamente
progressista nos costumes e socialista na economia. Em relação à laicidade, o
PT segue o modelo francês de Estado laico, em que se exclui a religião ao
máximo possível da praça pública. Assim, haverá uma tentativa de desligitimar a
partipação de religiosos no debate político e da vida pública, bem como,
provavelmente, menos oportunidades de interação da Igreja para o exercício do
Estado laico colaborativo.
Confirmando-se, ainda, a concretização da proposta de desencarceramento
de menores potenciais ofensivos e legalização de drogas, a criminalidade,
naturalmente, tenderá a subir. Haverá também iniciativas legislativas ou
judiciais mais contudente para flexibalização do aborto, o que coloca a vida de
muitas crianças no ventre em maior risco. Com a regulação da mídia e das redes
sociais, conforme prometido em campanha, a tendência é que haverá menos
liberdade de expressão, de opinião e jornalística no Brasil. A revogação da
reforma trabalhista e o aumento da intervenção estatal na economia produzirão
menor liberdade econômica. As relações internacionais serão próximas de
lideranças autoritárias da América Latina, tais como o venezuelano Maduro, o
cubano Raul Castro, o boliviano Evo Morales, o nicaraguense Daniel Ortega e o
argentino Alberto Fernandes, cujos países em sua maioria já estão mergulhados
em crises econômicas e sociais. Essas informações apontam para quais desafios
nos aguardam.
Diante dessas
tendências, a UNIGREJAS reforça a necessidade
para que as Igrejas e os cristãos, individualmente, mantenham nossa pátria em
oração. Será um tempo que exigirá persevarança de quem defende as pautas
conservadoras e os valores cristãos. Contudo, nosso papel é orar pelas
autoridades, e continuar clamando pela graça de Deus sobre o país. É certo que
Deus está atento ao clamor da Igreja no Brasil e, de alguma maneira, está trabalhando
para o nosso bem. Deus é soberano sobre a história.
Por
fim, faz-se importante orar pela pacificação da nação. O tom combativo deve ser
agora aferrecido, e todos nós devemos buscar sabedoria sobre como colaborar no
debate público de forma construtiva, a fim de não permitir que o ambiente conflituoso
se torne permanente no país. Oramos e confiamos no cuidado do Senhor sobre o
Brasil e sobre nossas vidas.
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São
Paulo, 04 de novembro de 2022.
Bp.
Eduardo Bravo - Presidente da UNIGREJAS
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