IRÃ: UM PAÍS SEM LIBERDADE DE RELIGIÃO OU CRENÇA PARA OS CRISTÃOS
A Igreja no Brasil pode orar para que os Cristãos no Irã possam um dia gozar da mesma liberdade que temos no Brasil

IRÃ: UM PAÍS SEM LIBERDADE DE RELIGIÃO OU CRENÇA PARA OS CRISTÃOS
A União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos - UNIGREJAS, em sua missão de apoiar e defender a liberdade religiosa, compreende o impacto da teocracia xiita no Irã para os cristãos daquele país.
Desde a Revolução Islâmica de 1979, o Irã é governado por uma teocracia xiita baseada na Sharia (lei islâmica). O Líder Supremo, atualmente o aiatolá Ali Khamenei, detém poder absoluto sobre o Judiciário, as Forças Armadas, a mídia estatal e a legislação, colocando-se acima do presidente e do parlamento. A Constituição iraniana reconhece apenas o Islã xiita como religião oficial, limitando severamente outras religiões, como o cristianismo, que é apenas “tolerado” sob rígidas condições.
Cristãos enfrentam perseguição intensa: a conversão ao cristianismo pode resultar em prisão, tortura ou até pena de morte. O Irã está classificado em 9º lugar no World Watch List 2025, da Portas Abertas, com uma pontuação de 86 pontos em uma escala de 100, indicando um nível extremo de perseguição aos cristãos. A repressão oficial do regime teocrático islâmico é a principal causa dessa perseguição.
Líderes cristãos são alvos constantes de repressão, e a evangelização é estritamente proibida. Essa ausência de liberdade religiosa cria um ambiente de medo e opressão para os cristãos, que não podem praticar sua fé abertamente.
Antes da Revolução Islâmica, sob a monarquia secular do xá Mohammad Reza Pahlavi, o Irã vivia um cenário de maior abertura religiosa e cultural. Embora o regime tivesse características autoritárias, as normas religiosas eram menos rígidas, e os cristãos, assim como outras minorias, enfrentavam menos restrições. Mulheres tinham liberdade para estudar, trabalhar e não eram obrigadas a usar o véu islâmico.
Uma possível queda do atual regime teocrático no Irã representaria uma esperança significativa para os cristãos perseguidos. Um governo que promova a liberdade de religião ou crença poderia garantir a liberdade de culto, proteger conversões religiosas, permitir o proselitismo, eliminar punições por conversão ao cristianismo, criando, assim, um ambiente seguro para as Igrejas cristãs, seus líderes e membros.
A UNIGREJAS, assim, acredita que a transformação do regime iraniano em um sistema que respeite os direitos humanos e a liberdade religiosa traria alívio aos cristãos perseguidos e fortaleceria a missão da Igreja em proclamar o Evangelho. A Igreja no Brasil pode orar para que os Cristãos no Irã possam um dia gozar da mesma liberdade que temos no Brasil, com liberdade plena para adorar comunitariamente, pregar e evangelizar, para que a Igreja lá possa crescer sem perseguição ou discriminação.
São Paulo, 26 de junho de 2025.
Bp. Celso Rebequi
Presidente UNIGREJAS
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