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São Paulo, 26/04/2024

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    Marcos Pereira repudia o radicalismos e defende a tolerância a todas as crenças

    Para ele, a Constituição tem que proteger conservadores e liberais nos costumes.


    Marcos Pereira repudia o radicalismos e defende a tolerância a todas as crenças



    O deputado federal Marcos Pereira (PRB-SP), 1º
    vice-presidente da Câmara e presidente do PRB, agora denominado Republicanos,
    foi o convidado do IREE Diálogos, iniciativa do instituto para debater temas
    relevantes para o país.



    Em uma conversa com o presidente do IREE, Walfrido Warde,
    Pereira falou sobre a agenda do Congresso, as reformas, o relacionamento dos
    parlamentares com o governo federal, e os desafios da economia, entre outros
    assuntos.



    “Tem muito debate a ser feito, precisamos elencar as
    prioridades. E a prioridade que o Congresso Nacional elegeu para esse biênio,
    sob a presidência de Rodrigo Maia, é a agenda econômica, sem deixar de debater
    outros temas ainda nesta legislatura”, afirmou Pereira.



    “É uma honra ter no IREE Diálogos essa figura
    importantíssima para o país, um pilar de sustentação do governo e elemento
    fundamental para o desenvolvimento de políticas públicas encabeçadas pelo
    Parlamento”, disse Warde.



    O evento foi realizado no dia 9 de setembro de 2019 na
    Unibes Cultural e contou com um público formado por políticos, juristas e
    acadêmicos.



    Confira a seguir os principais temas do evento.



    O protagonismo do Congresso



    Questionado sobre o protagonismo assumido pelo Congresso na
    proposição de políticas públicas, o deputado republicano afirmou ser uma
    consequência do perfil mais reformador e independente da atual legislatura.



    “Os dois pilares principais para este Parlamento
    diferenciado são o fim do financiamento privado de campanha e a formação do
    governo sem indicações político-partidárias. Quanto mais independente for o
    Parlamento, melhor será a democracia”, disse Pereira.



    Warde questionou sobre a necessidade de regulação do lobby
    como forma de dar controle e transparência ao financiamento privado de
    campanhas, no lugar de proibi-lo. 



    Para Pereira, o país ainda não está maduro para o tema, mas
    seu partido está aberto para o debate sobre o retorno futuro do financiamento
    empresarial de campanha.



    “Temos uma lei do lobby em tramitação no Congresso, não há
    consenso, mas estamos caminhando. A democracia brasileira está amadurecendo
    para isso.”



    A prioridade da agenda econômica



    Pereira falou sobre a agenda econômica, escolhida como
    prioritária pelo Congresso. “Entendemos que, dada a crise econômica e o nível
    de desemprego, essa era a agenda mais relevante, mas sem deixar de debater
    outros temas”, pontuou.



    A falta de base política do governo de Jair Bolsonaro fez
    com que o Congresso assumisse a dianteira nas reformas, segundo o deputado.



    “Fizemos a Reforma da Previdência porque as lideranças
    políticas resolveram encarar de frente esse debate. Já estamos debatendo duas
    propostas de Reforma Tributária, alguma coisa vai sair, espero e vou trabalhar
    que seja uma reforma  verdadeira”, disse
    Pereira.



    De acordo com o deputado, o Congresso trabalha para aprovar
    um texto de Reforma Tributária em primeiro turno ainda este ano. “Mas o texto
    tem que ser debatido com tranquilidade”, defendeu.



    Segundo o deputado, a dificuldade maior de uma reforma
    tributária está em prever um período justo de transição para os estados. No
    caso de São Paulo, por exemplo, que pode perder na arrecadação, ele propõe um
    fundo de compensação por dez anos.



    “Outro problema gravíssimo é a Zona Franca de Manaus, que
    tem 50 anos, foi renovada por mais 50 anos, e onde um emprego custa 360 mil
    reais para o estado. Tudo isso tem que ser debatido”, afirmou.



    O desafio do crescimento



    Questionado pelo presidente do IREE sobre por que, a
    despeito das reformas já realizadas, somadas à taxa de câmbio atrativa e os
    juros menores, o país ainda não saiu da recessão, Pereira respondeu que a falta
    segurança jurídica afugenta os investidores.



    “Acho que o governo não gerou a confiança necessária e o
    timing das reformas não gerou a confiança necessária. Como ministro da
    Indústria, Comércio Exterior e Serviços no governo Temer viajei 16 países e
    todos os empresários que eu atendi, todos os agentes de governo, sem exceção,
    sempre reclamaram da falta de segurança jurídica no Brasil”, disse o deputado.



    A lei de abuso de autoridade e o papel do Judiciário



    Marcos Pereira defendeu a Lei de Abuso de Autoridade
    aprovada pelo Congresso, e alertou para a necessidade de reavaliação do poder
    de alguns órgão como o Ministério Público, a Receita Federal e o Tribunal de
    Contas. “Eles não são Poderes, mas se acham o Poder.” 



    Segundo o deputado, a Lei de Abuso de Autoridade deve servir
    para frear abusos e serve para todos. “Não vejo o porque de tanta preocupação
    de algumas corporações, porque no final do dia quem vai investigar e julgar são
    essas corporações mesmo. E vai julgar à luz do que está na lei e à luz do que
    está nos autos”, explicou.



    Religião e política



    Marcos Pereira falou sobre seu repúdio a radicalismos e
    defendeu a tolerância a todas as fés. Segundo o deputado, que é bispo
    licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus, a Constituição tem que
    proteger conservadores e liberais nos costumes.



    “O problema são os extremos, eu sou crítico dos conservadores
    radicais. A minha monografia de graduação em Direito foi sobre o aborto de feto
    anencéfalo, sete anos antes do Supremo decidir, e eu fui favorável à
    descriminalização”, contou Pereira.



    O deputado também defendeu o direito à liberdade religiosa.
    No caso recente em que o Supremo Tribunal Federal considerou constitucional o
    sacrifício de animais em cultos religiosos, Pereira afirmou que também votaria
    pela constitucionalidade. “É uma questão de fé, e a fé em sua intimidade tem
    que ser respeitada.”

    Assista à reportagem na íntegra:







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