Alta do dólar preocupa governo e mercado
Impacto econômico e social da valorização do dólar no Brasil
Após um aumento de 8,5% em apenas um mês e um acréscimo de quase 18% desde o início do ano, o presidente Lula convocou uma reunião urgente com sua equipe econômica hoje para discutir a escalada do dólar.
A moeda iniciou junho cotada em cerca de R$ 5,20 e alcançou ontem a marca de R$ 5,70 — o maior valor desde janeiro de 2022.
Para o governo, a responsabilidade pela disparada recai sobre a "especulação" e os "interesses do mercado". Fernando Haddad, por sua vez, aponta uma "falha de comunicação" sobre os resultados econômicos do governo.
O mercado, por outro lado, atribui a valorização do dólar às críticas presidenciais ao presidente do Banco Central, à discussão sobre aumento de impostos e ao reforço do intervencionismo estatal na economia — uma tendência crescente.
Essa volatilidade tem impacto direto no dia a dia dos brasileiros, afetando o preço de produtos e insumos importados como o trigo e parte dos combustíveis, cujos custos tendem a ser repassados aos consumidores.
Apesar dos desafios locais, há setores da economia brasileira que se beneficiam da alta do dólar, já que suas exportações se valorizam ao serem convertidas para o real.
Assim, enquanto o debate entre governo e mercado continua, o brasileiro comum se vê diretamente impactado pela oscilação cambial, refletindo-se nos preços e na economia cotidiana do país.
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