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São Paulo,22/10/2024

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    Videogames e exercícios físicos: o que há em comum?

    Os games eletrônicos são produzidos com o objetivo de satisfazer às necessidades psicológicas


    Videogames e exercícios físicos: o que há em comum? Freepik

    No mundo inteiro, existe uma grande quantidade de pessoas que jogam videogames. É incrível a experiência de desfrutar de um jogo eletrônico de alta qualidade. Essa alegria pode estar ligada ao preenchimento das nossas necessidades, não somente as físicas, mas também as psicológicas. Vamos explorar quais são essas necessidades e como elas se relacionam com os exercícios físicos.

    Em essência, existem 3 necessidades psicológicas fundamentais: independência, conexão social e habilidade. Essas necessidades estão diretamente relacionadas à motivação e ao bem-estar, especialmente para a motivação intrínseca, aquela em que realizamos algo puramente pela gratificação que proporciona, como jogar videogame. Os videogames são divertidos e envolventes por natureza.


    As pessoas têm uma inclinação pelos videogames devido à satisfação que a experiência de jogar proporciona em um nível psicológico profundo. Da mesma forma, praticar atividades físicas também pode ser gratificante. Para compreendermos isso melhor, vamos estabelecer conexões entre esses comportamentos.


    Os games eletrônicos são produzidos com o objetivo de satisfazer às necessidades psicológicas. Ao jogar, os jogadores frequentemente vivenciam a sensação de ter controle, habilidade e interação com outras pessoas.


    Os jogos atuais, com gráficos realistas, ambientes imersivos e expansivos, inúmeras possibilidades de progresso e aprimoramento de habilidades, além de modos de jogo online competitivos ou colaborativos, parecem ideais para satisfazer as demandas dos jogadores em relação à independência, habilidade e interação social.


    Independência


    Experimentar a sensação de liberdade e independência, com a capacidade de fazer escolhas por conta própria, promove a autonomia. Ao jogar videogame, somos transportados para o papel de protagonistas, com o poder de decidir como agir e para onde ir, como é o caso de Baldur's Gate III. Nesse jogo, cada jogador vive uma experiência inigualável, criando seu próprio personagem e desenvolvendo uma história com múltiplos caminhos a seguir.


    Na prática de atividades físicas, é possível obtermos independência em relação à modalidade que escolhemos e, dentre ela, quais são os exercícios que realizamos - como utilizar pesos livres ou máquinas na musculação - e a intensidade na qual nos sentimos mais confortáveis - como correr em uma velocidade mais rápida ou moderada durante uma corrida na rua.


    Habilidade


    A motivação para continuar no jogo é impulsionada pela sensação de progredir. Preferimos experienciar a habilidade e competência, o que nos leva a nos envolver intensamente na atividade. À medida que avançamos, o videogame proporciona ao jogador a sensação de ser competente.


    Praticar atividade física também nos oferece a chance de nos sentirmos habilidosos, adquirindo novos movimentos e aptidões, ou aprimorando os já existentes, como a força na academia. Uma das modalidades que se destaca nesse aspecto é o CrossFit.


    Ligação social


    Entre os jogos online, os mais populares – Apex Legends e o Fortnite, no formato battle Royale envolvem jogadores simultaneamente. Dos mais cooperativos, destacam-se o Overcooked (jogo de cozinhar para restaurante com desafios) e It takes two (dois jogadores jogando juntos em sintonia para avançar), assim como Minecraft, em que jogadores podem cooperar partilhando recursos ou construindo vilas.


    Já na outra perspectiva, temos uma baixa colaboração quando se trata de atividades físicas tradicionais, como corrida e musculação. Essa característica se faz mais aparente nos esportes coletivos, nos quais há uma promoção de laços sociais. Esses laços são fundamentais para incentivar o envolvimento das pessoas.


    As pessoas conseguem acessar vários estados psicológicos, os quais são interessantes vivenciarmos nos treinos físicos também:


    Competição: A experiência de derrotar outros;

    Desafio: A experiência de sucesso após um esforço;

    Diversão: Sendo uma fuga da experiência de estresse;

    Fantasia: Experimentar estímulos novos ou irrealistas;

    Interação social: Experimentar conexões sociais;

    Excitação: Experienciar emoções positivas.

    Num estudo que recebeu grande destaque recentemente, os resultados de quase 39 mil jogadores indicam que jogar em si não prejudica o bem-estar. No entanto, a motivação por trás da experiência pode influenciá-lo. Quando os jogadores sentem que são obrigados a jogar, se sentem piores, mas se jogam por gostarem, os dados não indicam que isso afeta a saúde mental.


    Exercício físico é fácil quando queremos fazer, mas difícil quando temos que fazer.


    E se juntarmos exercícios com videogames? Esses são os exergames - os videogames ativos (ou fitness game), que se apresentam como uma boa alternativa mas que de fato não conquistaram os gamers e nem os praticantes de exercícios.


    Não se trata apenas de diversão jogar videogame, mas também de satisfazer necessidades psicológicas e promover bem-estar. Surgem preocupações quando indivíduos que possuem necessidades psicológicas não atendidas dependem exclusivamente dos videogames para preenchê-las, o que pode ocasionar desequilíbrios comportamentais e efeitos negativos em suas vidas.


    Informações do Tecmundo




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