Cresce o número de evangélicos frequentando igrejas pessoalmente nos EUA após a pandemia
O estudo foi conduzido com 819 protestantes evangélicos que já frequentavam cultos religiosos pessoalmente,

Uma pesquisa recente revelou que mais evangélicos nos Estados Unidos estão frequentando igrejas regularmente, pessoalmente, do que antes da pandemia de Covid-19, um indicativo de que, apesar das mudanças impostas pela crise de saúde global, muitos cristãos têm priorizado o retorno ao culto presencial como uma parte vital de sua fé.
O estudo foi conduzido com 819 protestantes evangélicos que já frequentavam cultos religiosos pessoalmente, pelo menos ocasionalmente, antes da pandemia. A pesquisa foi encomendada pela agência de comunicação de marca Infinity Concepts em parceria com a consultoria de pesquisa Gray Matter Research. Os resultados mostraram uma tendência crescente de participação em cultos presenciais, sinalizando que, embora a pandemia tenha forçado mudanças, o envolvimento físico nas reuniões da igreja tem se mostrado mais importante do que nunca para muitos fiéis.
A importância do culto presencial
Cerca de 54% dos evangélicos afirmaram frequentar cultos presenciais todas as semanas, enquanto 65% participam de pelo menos uma vez por mês. Esses números indicam que, mesmo em um mundo pós-pandemia, a necessidade de se reunir com outros crentes para adorar em comunidade permanece forte. A presença física nas reuniões de adoração não é apenas um ato de fé, mas uma maneira de fortalecer os laços com a comunidade religiosa e com Deus.
O estudo também mostrou um aumento significativo no número de pessoas que verificam igrejas digitalmente antes de comparecerem pessoalmente. Aproximadamente 15% dos evangélicos fazem isso, um aumento expressivo em comparação aos 5% registrados antes da pandemia. Isso reflete uma nova realidade, em que as ferramentas digitais se tornaram parte essencial do processo de escolha da igreja, mas também revela que, apesar dessa conveniência, muitos continuam a preferir a experiência presencial, que oferece a oportunidade de um contato mais direto e significativo com a fé e com a comunidade.
A influência dos convites pessoais
O estudo ainda destacou que o convite pessoal permanece como o principal meio de atração de novos membros para a igreja. Cerca de 59% dos evangélicos afirmaram que começaram a frequentar a igreja após um convite de um amigo ou familiar, um número muito próximo ao que foi registrado antes da pandemia (57%). Esse dado reflete a importância das conexões pessoais na vida cristã, já que a comunidade de fé é muitas vezes fortalecida através de convites e apoios mútuos.
Entre os mais jovens, o impacto dos convites pessoais é ainda mais acentuado. Cerca de 71% dos evangélicos com menos de 35 anos se uniram à sua igreja atual após um convite, mostrando que a participação ativa em uma igreja local continua a ser uma experiência profundamente pessoal e compartilhada.
A nova geração e a igreja presencial
Embora a tecnologia tenha facilitado o acesso aos serviços religiosos de qualquer lugar, especialmente por meio de transmissões online, os dados mostram que a maior parte dos jovens evangélicos ainda encontra sua igreja por meio da participação presencial. Apenas 4% dos jovens entre 18 e 35 anos disseram que descobriram sua igreja atual por meio de um serviço online, destacando que, para essa faixa etária, a experiência comunitária presencial continua a ser essencial para fortalecer a sua caminhada cristã.
Reflexões sobre o futuro
Ron Sellers, presidente da Gray Matter Research, comentou que, embora muitos evangélicos que antes tinham um compromisso menor com a igreja tenham se afastado durante a pandemia, aqueles que continuam frequentando os cultos presenciais podem estar, na verdade, se dedicando mais à igreja do que antes. Ele observou que, ao combinar cultos presenciais e digitais, é possível que a frequência de participação tenha, de fato, aumentado para muitos fiéis.
A pesquisa também sublinha a necessidade de adaptação das igrejas aos novos tempos, reconhecendo o papel crescente da tecnologia. No entanto, a conclusão é clara: para muitos cristãos, nada substitui o culto presencial. Participar de uma igreja local oferece uma experiência única de adoração, comunhão e crescimento espiritual que as plataformas digitais, por mais convenientes que sejam, não conseguem replicar completamente.
Conclusão
O estudo revela que, embora a pandemia tenha alterado alguns hábitos, o desejo de estar presente fisicamente na igreja continua sendo uma prioridade para muitos evangélicos. A frequência regular aos cultos não apenas reforça a fé individual, mas também fortalece a comunidade cristã, um valor central na tradição evangélica. O culto presencial não é apenas uma prática religiosa, mas uma oportunidade vital de vivenciar a fé de forma coletiva, mantendo viva a chama da adoração e da conexão com Deus.
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