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São Paulo, 24/04/2024

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    Pais lutam na justiça para definir sexo do filho

    Veja o que especialistas dizem sobre o assunto

    Fonte: Freepik
    Pais lutam na justiça para definir sexo do filho

    Quando um casal se separa, é
    comum ouvir que ambos tiveram que dividir os bens, a guarda dos filhos e outras
    responsabilidades, que antes eram feitas juntos. E só de existir essa ruptura,
    muitas crianças ficam confusas e frustradas, por não saberem lidar com a nova
    rotina. Agora, imagine a cabeça de uma criança ao descobrir que seus pais estão
    brigando para definir a sua sexualidade?

    É exatamente isso que está
    acontecendo no Texas, Estados Unidos. De acordo com informações de sites de
    notícias internacionais,  Jeff Younger foi
    acusado de abuso infantil por sua ex-esposa por não tratar o filho James como
    uma menina.

    Jeff disse que quando o filho
    está com ele, se apresenta como um garoto, porém, quando está com a mãe, diz
    ser uma garota.

    O pai explicou que James gosta de
    brincadeiras consideradas de meninos, como lutar com espadas e jogar videogame.
     Já a mãe, Anne Georgulas, registrou a
    criança no jardim de infância como uma menina com o nome "Luna".
    Quando ele está com a mãe, ele se veste como uma menina e até usa o banheiro
    feminino.

    A mãe apresentou uma ordem de restrição
    contra o pai, proibindo-o de pegar os dois filhos na escola. Além disso, por
    ser pediatra, ela foi autorizada a administrar o tratamento psiquiátrico e
    psicológico de James e Jude. Ela levou James para ver uma conselheira, que o
    diagnosticou com disforia de gênero.

    Mas o pai, afirma que o filho é
    menino: "Quando levei James para ver sua conselheira que define como
    menina, ele foi como menino. A conselheira colocou duas notas adesivas em cima
    da mesa. Uma estava com James. Uma tinha o nome falso de menina. Então ela
    pediu: 'qual nome você quer que seja chamado, pegue a nota'. Ele pegou James.
    "

    O pai argumentou que James não
    atende aos critérios para apoiar um diagnóstico de disforia pediátrica de
    gênero e não deve ser permitido que ele tome esse tipo de decisão que provoca
    alterações para o resto da vida.

    O que especialistas dizem sobre o
    assunto

     “Crianças pequenas não têm a capacidade de
    fazer escolhas sobre identidade sexual”. A afirmação é do
    professor universitário  Allan Josephson, que é chefe da seção de
    psiquiatria infantil e adolescente da Universidade de Louisville (EUA),

    Em debate educacional aberto ao
    público realizado em Washington (EUA), Josephson comparou a capacidade
    intelectual e cognitiva da criança para entender e fazer escolhas em questões
    de identidade sexual à capacidade delas em tirar a carteira de motorista:

    “Crianças não podem decidir sobre
    o assunto, assim como não têm a capacidade de dirigir um carro ou fazer a
    escolha de ir para a cama no horário”. Para ele “é o trabalho dos pais ajudar
    seus filhos a aprender essas coisas à medida que se desenvolvem”.

    Mas como uma criança poderá fazer
    isso, se os pais são os mais confusos sobre o assunto?

    Talvez, tamanha confusão entre os
    adultos se deva ao fato da propagação midiática da ideologia de gênero de forma
    banalizada. Além disso, músicas, filmes e telenovelas têm como público-alvo os
    adolescentes. Mas abordam o assunto sem a profundidade necessária, de maneira
    vaga e maléfica.

    “Questões delicadas, como a
    discussão sobre gênero, veiculadas de maneira leviana prejudicam muito a
    formação do adolescente e podem, por exemplo, gerar conflitos psicossociais e
    de personalidade”, afirma a psicóloga Elaine Balbino, especialista em análise
    de comportamento, em entrevista ao Portal Universal.org.





























    Já o professor de História e
    Mestre em Filosofia pela USP, André Assi Barreto, acredita que esse tipo de
    abordagem de questões de gênero é ofensivo para as crianças. Isso “porque
    levanta uma discussão da qual elas não estão prontas para fazer parte. Isso
    porque o repertório cognitivo delas ainda não é adequado para aprender a discutir
    questões de gênero. Além disso, empurrar esse assunto goela abaixo pode
    levá-las a um problema”, conclui.




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