Leitura Bíblica: 1 Timóteo 6.17-19

[Não] ponham sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus (1Tm 6.17b).

Em Lucas 12, lemos que Jesus estava falando com seus discípulos quando foi interrompido por alguém preocupado com outro assunto: “Mestre, dize a meu irmão que divida a herança comigo” (v.13b). Jesus, que conhecia os pensamentos do homem, exortou aqueles que o rodeavam: “Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância; a vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens” (v.15). Para ilustrar esta verdade, contou-lhes a parábola do rico insensato (v.16-21), que após ter ajuntado muitas riquezas, disse a si mesmo, orgulhosamente: “Você tem grande quantidade de bens, armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se”. Achava que a riqueza seria sua segurança e colocava nela sua esperança, mas se esquecia de que poderia morrer de repente, e então ela seria totalmente inútil.

No texto de hoje, vemos que Timóteo deveria pregar o mesmo aos ricos: eles não deveriam confiar na instabilidade da riqueza, mas em Deus, que é, em última análise, a fonte primária de tudo (inclusive do perdão, da paz e da vida eterna, que o dinheiro não pode comprar). Deus é eterno, imutável, onipotente, fiel, bondoso e, portanto, digno de nossa confiança. Já as riquezas são instáveis e não duram para sempre.

Para que possa se libertar do apego ao dinheiro, a pessoa deve praticar o bem, sendo rica em boas obras; ser generosa e repartir o que tem. Assim fazendo, estará acumulando outro tipo de tesouro, eterno: “um firme fundamento para a era que há de vir”. Ou, no dizer de Jesus: “Acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam” (Mt 6.20). Pôr a esperança em Deus e ao mesmo tempo nas riquezas é impossível: “Ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro” (Mt 6.24). – Sérgio Vilmar Markus

O dinheiro será útil se for nosso servo; se for nosso senhor, nos escravizará e nos levará à perdição eterna.