A recente recomendação da União Europeia (UE) para que seus cidadãos estocassem alimentos e itens essenciais para 72 horas não é apenas uma medida prática diante de crises iminentes, mas também ecoa previsões que remontam a séculos atrás, especialmente nas escrituras bíblicas. Em um cenário de crescente tensão com a Rússia e a ameaça de conflitos militares, a preparação para situações extremas parece mais relevante do que nunca. No entanto, essa busca por segurança também remete a temas centrais da Bíblia, como a fome, a guerra e o os sinais do fim dos tempos.

A UE, através de suas diretrizes recentes, tem alertado sobre a necessidade de uma estratégia de preparação para emergências. Além de alimentos e água, itens como medicamentos essenciais, dinheiro em espécie e rádios analógicos foram recomendados. A medida ocorre em um momento de grande incerteza geopolítica, com a guerra na Ucrânia e as tensões com a Rússia em ascensão. De acordo com a Comissão Europeia, o objetivo é garantir que os cidadãos possam enfrentar pelo menos os primeiros dias de uma crise sem depender de sistemas externos. Isso reflete uma mudança importante na mentalidade de prevenção do continente, que agora prioriza a preparação em vez de uma reação após o caos.

Esse alerta da UE coincide com um contexto mundial que nos faz refletir sobre as profecias de sofrimento e destruição que, segundo as escrituras, aconteceriam nos tempos finais. A Bíblia, em livros como o Apocalipse, descreve uma era marcada por guerras, fome, pestes e desastres naturais, culminando na volta de Cristo. Em Mateus 24, por exemplo, Jesus fala sobre sinais de "guerras e rumores de guerras", ao mesmo tempo em que descreve o sofrimento extremo que a humanidade enfrentará: “Haverá fome e pestes e terremotos em vários lugares” (Mateus 24:7).

A fome, especificamente, é uma constante em muitas dessas previsões. No Apocalipse 6:5-6, por exemplo, é descrito um dos selos sendo aberto, revelando um cavalo preto que simboliza a escassez e o desespero econômico. "Uma medida de trigo por um denário, e três medidas de cevada por um denário; e não danifique o azeite e o vinho", diz a passagem, referindo-se a um tempo de grande carestia e desigualdade. A escassez de recursos e a luta pela sobrevivência humana, temas que os europeus agora enfrentam com a recomendação de estocar alimentos, têm paralelos claros nas escrituras.

No entanto, não se pode ignorar que essa preparação também se alinha com outra parte fundamental do ensino bíblico: a vigilância e a prudência. A Bíblia exorta seus seguidores a estarem preparados e vigilantes, como nas parábolas das virgens prudentes e insensatas (Mateus 25), que reforçam a importância de estar pronto para tempos de dificuldade. A preparação para o futuro, que a UE agora enfatiza, pode ser vista como um reflexo dessa filosofia de estar atento e pronto para adversidades.

Porém, o clima de tensão geopolítica e as ações preventivas, como a recomendação de estocar alimentos, também têm implicações diretas para a percepção de uma possível guerra global. A Bíblia, especialmente no livro de Apocalipse, fala sobre o fim das nações e os conflitos de grande escala, em que as nações lutarão entre si. Essa guerra, muitas vezes interpretada como a batalha final entre o bem e o mal, é simbolizada em várias visões de destruição.

À medida que a Europa se prepara para enfrentar os desafios globais e locais com suas recomendações de estocar recursos essenciais, é impossível ignorar o paralelo com as previsões bíblicas sobre os tempos de escassez, guerra e grande tribulação. A mensagem, seja da Bíblia ou das autoridades europeias, é clara: os tempos estão se tornando mais difíceis, e a preparação é a chave para a sobrevivência, seja no aspecto físico ou espiritual.