O Direito como inspiração cultural na religiosidade
Entenda o papel impressionante da Igreja Universal do Reino de Deus que no pentecostalismo inverteu o trânsito missionário
Estado laico conforme nossa
Constituição somente uma leitura superficial pode ter a pretensão de se alheiar
que questões religiosas que circundam o Direito no Brasil, em todas suas
variáveis: históricas, políticas, sociológicas, enfim de todas naturezas
demandando reflexões capazes de enriquecer o debate democrático e ampliar o
elenco dos relacionamentos humanos de forma civilizatória.
No propósito específico
deste artigo um aspecto que, desde logo chama atenção, é o papel impressionante
da Igreja Universal do Reino de Deus que no pentecostalismo inverteu o trânsito
missionário que, originalmente, vinha dos Estados Unidos e sob a liderança carismática
do Bispo Edir Macedo passa a atuar no Exterior, Américas, Europa, África, enfim,
ultrapassando todas as fronteiras revestidas do preceito encontrado no epílogo
do Evangelho de Marcos, um dos últimos mandamentos de Jesus antes de sua
ascensão aos Céus: “Ide”.
O caráter universal deste
processo se justapõe ao impressionante relato bíblico da Lei de Moisés que no
Sinai inaugura uma relação sem precedentes de uma legitimidade revestida na
entrega pessoalizada e santificada do Código de Comportamento que, por milhares
de anos, vem pautando e regendo de uma ou outra forma os instrumentos de
convivência humana.
E nesta circunstância,
o respeito à Lei não só como norma de harmonização das sociedades, para os
indivíduos entre si e as próprias nações, mas também como reivindicando a
Salvação, na metamorfose de Revelação não só do corpo mas também da Alma.
Isto não só em termos
doutrinários mas também na prática nos remete além da Bíblia ao Talmud tanto o
babilônico como o de Jerusalém dispostos de acordo com a ordem da Mishnah,
dividida em seis seções básicas ou “sedarim”, ordens, conhecidas por suas
iniciais em hebraico como as shass.
A majestática e para os
fiéis milagrosa construção do impressionante marco do Templo de Salomão, une a
ousadia do resgate da próprio noção de Diáspora aproximando o “povo de Deus” à
Israel, de forma sólida e singular numa época em que o anti-sionismo toma
caráter cumulativa do anti-semitismo que nos remete à sanha do próprio nazismo,
faz com que não só este centro de interiorização mística mas todas as entidades
passam a reunir na sua atividade cotidiana e rotineira à geração ética que é
transformadora de forma tão impactante na vida brasileira e nos demais países
que a Justiça acaba tendo que levar em conta o milagre do bandido convertido em
cidadão, as famílias que renovam seus laços corroídos, enfim, uma constatação
que escapa da pregação unicamente, presa à preterintencionalidade, mas é vivida,
de forma concreta.
Saindo dos templos, a
cena nos filmes e na TV, o desempenho político, tudo a mobilizar um pensamento
jurídico complexo de que o monopólio religioso do catolicismo, no Poder passa
conviver com esta realidade moral ao lado do cumprimento do dever dos preceitos
legais.
Neste espaço e tempo
vamos estabelecer a potencialidade de um transporte espiritual do Brasil para o
mundo como exemplo de paz e amor.
Flavio Goldberg,
advogado e mestre em Direito.
Bispo Douglas Silva - Ele nos faz fortes para vencermos a ira
Bispo Reinaldo Suísso - Eu amo esta analogia