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São Paulo,05/12/2024

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    Gabinete de Israel votará cessar-fogo no Líbano na terça (26), diz porta-voz à CNN

    Fonte afirmou à CNN que Benjamin Netanyahu aprovou o plano "em princípio"

    CNN
    Gabinete de Israel votará cessar-fogo no Líbano na terça (26), diz porta-voz à CNN Soldados israelenses mostram uma bandeira do Hezbollah quando voltam da ação contra os guerrilheiros do Hezbollah no sul do Líbano, 25 de julho de 2006, na fronteira israelo-libanesa, perto da comunidade de Avivim.

    O gabinete de Israel votará sobre um acordo de cessar-fogo no Líbano nesta terça-feira (26), disse o porta-voz de Benjamin Netanyahu à CNN. Isso acontece depois que uma fonte afirmou à CNN que o primeiro-ministro israelense aprovou o plano “em princípio”.

    Netanyahu sinalizou sua potencial aprovação para o cessar-fogo com o Hezbollah durante uma consulta de segurança com autoridades israelenses na noite de domingo (24), ainda segundo a fonte.

    Nesta segunda-feira (25), o porta-voz do premiê afirmou à CNN que o gabinete votará o acordo proposto nesta terça e pontuou que ele deve ser aprovado.

    Israel ainda tem ressalvas sobre alguns detalhes do acordo, que deveriam ser transmitidos ao governo libanês nesta segunda. Várias fontes enfatizaram que o acordo não será final até que todas as questões sejam resolvidas.

    Ainda assim, fontes — incluindo o embaixador de Israel na ONU — observaram que as negociações parecem estar caminhando positivamente em direção a um acordo, mas reconheceram que, como Israel e o Hezbollah continuam trocando tiros, um “passo em falso” pode atrapalhar o resultado.

    O ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, chamou o acordo de um “grande erro” e disse que seria “uma oportunidade histórica perdida para erradicar o Hezbollah”.

    Ben Gvir também tentou impedir potenciais acordos de cessar-fogo entre Israel e o Hamas em Gaza.

    Benny Gantz, que renunciou ao gabinete de guerra de Israel em junho devido à forma como Netanyahu lidou com a guerra em Gaza, pediu ao primeiro-ministro que torne públicos os detalhes do acordo de cessar-fogo.

    “É direito dos moradores do norte, dos combatentes e dos cidadãos de Israel saber”, ponderou.

    Entenda os conflitos no Oriente Médio

    Israel lançou uma grande ofensiva aérea e terrestre contra o grupo Hezbollah no Líbano no final de setembro. Assim como o Hamas, o Hezbollah e a Jihad Islâmica são grupos radicais financiados pelo Irã, e portanto, inimigos de Israel.

    Os bombardeios no Líbano se intensificaram nos últimos meses, causando destruição e obrigando mais de um milhão de pessoas a saírem de casa para fugir da guerra. O conflito entre Israel e o Hezbollah já deixou dezenas de mortos no território libanês.

    Ao mesmo tempo, a guerra continua na Faixa de Gaza, onde militares israelenses combatem o Hamas e procuram por reféns que foram sequestrados há mais de um ano durante o ataque do grupo radical no território israelense no dia 7 de outubro de 2023. Na ocasião, mais de 1.200 pessoas foram mortas e 250 sequestradas.

    Desde então, mais de 43 mil palestinos morreram em Gaza durante a ofensiva israelense, que também destruiu praticamente todos os prédios no território palestino.

    Em uma terceira frente de conflito, Israel e Irã trocaram ataques, que apesar de terem elevado a tensão, não evoluíram para uma guerra total.

    Além disso, o Exército de Israel tem feito bombardeios em alvos de milícias aliadas ao Irã na Síria, no Iêmen e no Iraque.

    No momento, as negociações por tréguas estão travadas tanto no Líbano, quanto na Faixa de Gaza.





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