Em uma iniciativa pioneira, Nova York se tornou a primeira cidade dos Estados Unidos a aprovar um pedágio urbano, cobrando motoristas que circulam pela área mais movimentada de Manhattan. A medida, que entrará em vigor em breve, visa reduzir os congestionamentos na região e gerar receitas para melhorias no transporte público local.

A taxa, inicialmente fixada em US$ 9 (aproximadamente R$ 52), será cobrada automaticamente de todos os motoristas que transitarem pela zona entre às 5 da manhã e 9 da noite. Mais de 120 radares serão instalados para monitorar o tráfego e garantir o cumprimento da norma.

A expectativa da prefeitura é arrecadar mais de US$ 1 bilhão por ano com o pedágio, o que será destinado ao financiamento de projetos de infraestrutura e ao aprimoramento do sistema de transporte público. Além disso, estima-se que o novo sistema de cobrança pode reduzir o número de carros em 20%, contribuindo para a diminuição da poluição e do tempo perdido no trânsito.

De acordo com dados locais, os motoristas de Nova York perdem, em média, 101 horas anuais devido ao congestionamento, o que representa um custo de US$ 9 bilhões para a cidade em termos de tempo desperdiçado que poderia estar sendo utilizado de forma produtiva.

Porém, a medida tem gerado controvérsias. Associações de moradores e pequenos comerciantes estão entrando com processos contra a prefeitura, alegando que o pedágio elevado pode afetar negativamente a economia local, com a redução no fluxo de clientes devido ao custo adicional para circular pela área.

Ao adotar a medida, Nova York se coloca na vanguarda de soluções para o tráfego urbano, e o sucesso do projeto pode servir como inspiração para outras grandes cidades ao redor do mundo que enfrentam problemas semelhantes com congestionamento e poluição.