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São Paulo,05/12/2024

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    Elmar deve anunciar desistência da sucessão da Câmara reivindicando acordos com Lira

    Líder do União Brasil quer ter relatoria do Orçamento do próximo ano e tem negociado cumprimento de acordos feitos na reeleição de Arthur Lira (PP-AL)

    r7|Politica
    Elmar deve anunciar desistência da sucessão da Câmara reivindicando acordos com Lira

    O líder do União Brasil, Elmar Nascimento (BA), preterido pelo presidente Arthur Lira (PP-AL) em favor de Hugo Motta (Republicanos-PB) na disputa pela sucessão, deve anunciar a desistência da disputa pelo maior cargo da Câmara dos Deputados após a reunião da bancada da sigla, marcada para a tarde desta terça-feira (5).

    Nos bastidores, Elmar tem sinalizado não querer a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no próximo ano, oferecida pelo candidato republicano em troca de apoio.

    Em reunião com Lira e Motta, o líder do União defendeu o cumprimento do acordo feito com a criação do blocão de partidos para a reeleição de Arthur Lira, em fevereiro de 2023. Na época, foi definida a distribuição das comissões pelos partidos nos quatro anos seguintes.

    Pelo acordo, o orçamento de 2026, relatado durante o primeiro ano do sucessor de Lira, ficaria com o União Brasil. Porém, com o União Brasil com candidato concorrente, Hugo Motta já teria prometido a vaga ao seu amigo e articulador da campanha, Isnaldo Bulhões (MDB-AL).

    A reivindicação de Elmar tem gerado indigestão nos bastidores. Uma das avaliações de fontes próximas à Lira é que o atual presidente não quer mais se indispor com o ex-amigo e tenta uma reaproximação. Ao mesmo tempo, tirar a relatoria do orçamento do ano eleitoral do amigo emedebista de Motta, que sempre esteve ao seu lado, não será tarefa fácil.

    Uma das avaliações que justificariam o não cumprimento do acordo é que, considerando quatro anos, o primeiro biênio seria de Arthur Lira; porém, o segundo biênio seria de um presidente, até então, indefinido, e que poderia se recusar a cumprir o combinado.

    Pelo acordo, a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) ficaria com o União Brasil apenas em 2026.

    Por enquanto, o cenário segue indefinido. Hugo Motta terá conversas com as bancadas durante toda a terça-feira. A bancada do PSD, de Antônio Britto, também se reunirá.




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