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São Paulo,05/12/2024

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    Redes sociais ampliaram a febre do Ozempic, diz endocrinologista

    Médica Maria Fernanda Barca explica o uso do medicamento para diabetes e emagrecimento, destacando preocupações com falsificações e efeitos colaterais

    Reprodução R7/ CNN Brasil
    Redes sociais ampliaram a febre do Ozempic, diz endocrinologista Pixabay

     A endocrinologista Maria Fernanda Barca, em entrevista à CNN Brasil, abordou a crescente popularidade do Ozempic e os riscos associados ao seu uso indiscriminado e falsificações.

     O Ozempic, originalmente desenvolvido para o tratamento de diabetes, ganhou notoriedade por seus efeitos no emagrecimento. “O Ozempic é um medicamento usado ao princípio para o diabético”, explicou Barca, acrescentando que sua criação foi baseada em estudos com pacientes bariátricos.

    A médica detalhou o mecanismo de ação do medicamento: “Ele foi feito através de estudo com bariátricos, que viram que esses pacientes, depois da cirurgia, deixavam de ser diabéticos. Então, eles separaram dois componentes: o GLP-1 e GIP produzidos pelo intestino, e chegaram ao GLP-1”.

    Febre nas redes sociais e uso off-label

    A popularidade do Ozempic disparou, especialmente nas redes sociais, devido aos seus efeitos no emagrecimento. “Todo mundo começou a usar off-label, principalmente nos países que podiam, e as pessoas emagreceram muito. Então, a febre do Ozempic com as redes sociais e com as mídias, isso foi se replicando”, observou a especialista.

    Ela destacou que o medicamento não apenas corrige o diabetes, mas também promove perda de peso significativa, especialmente da gordura visceral, localizada no  No entanto, Barca alertou sobre o uso off-label e sem prescrição médica, que pode levar a efeitos colaterais e escassez para pacientes que realmente necessitam do medicamento.

    Alerta sobre falsificações

    A entrevista também abordou o recente alerta da Anvisa sobre falsificações do Ozempic. A endocrinologista explicou como identificar o produto original: “A caneta tem que ser azul clara, o mostrador tem que ser cinza, o botão de aplicação tem que ser cinza, e a substância tem que ser não transparente, ela tem que ser fosca”.

    Sobre o caso de hospitalização no Rio de Janeiro, Barca alertou para os perigos das falsificações: “Podem ter substâncias que são poluentes, que fazem mal à saúde, que podem levar à insuficiência cardíaca e à insuficiência hepática”. Ela também mencionou riscos de contaminação bacteriana e presença de substâncias tóxicas.

    A médica concluiu enfatizando a importância da vigilância ao adquirir o medicamento, mesmo em farmácias, e a necessidade de acompanhamento médico para o uso seguro do Ozempic.




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