O Google, em parceria com uma startup indiana, está desenvolvendo um modelo de inteligência artificial inovador capaz de detectar doenças a partir de sons humanos. Utilizando a bioacústica — que combina princípios de biologia e acústica — a tecnologia analisa sons produzidos por pessoas e animais para identificar sinais de doenças. 

Para treinar essa AI, foram utilizados 300 milhões de áudios contendo sons como tosse e dificuldades respiratórias. O objetivo é, por exemplo, detectar precocemente a tuberculose ao identificar padrões sutis em tosses que podem indicar a doença. A inovação é crucial, pois essa tecnologia pode ser integrada a smartphones, permitindo que populações de alto risco, em regiões remotas ou com acesso limitado a serviços de saúde, sejam monitoradas e diagnosticadas com mais eficiência.

Já em uso para combater a tuberculose, que diariamente mata cerca de 4.500 pessoas e frequentemente passa despercebida, essa AI enfrenta desafios significativos. A aceitação da ferramenta por parte dos profissionais de saúde é um obstáculo, assim como a necessidade de garantir que as amostras de áudio sejam de alta qualidade para evitar diagnósticos incorretos.

Paralelamente, em Taiwan, o Google está conduzindo pesquisas no Chang Gung Memorial Hospital para desenvolver um modelo de inteligência artificial baseado em ultrassom, com o objetivo de detectar o câncer de mama precocemente.