A Casa Branca emitiu uma série de alertas direcionados às principais Big Techs do país, advertindo sobre a presença de espiões chineses monitorando os dados que trafegam pelos cabos submarinos. Esses cabos, que se estendem por mais de 1.000.000 de quilômetros ao redor dos oceanos, são vitais para a comunicação global, transportando 99% de todo o tráfego de dados da internet mundial.

Sem esses cabos, a internet simplesmente não funcionaria. Eles são responsáveis por possibilitar o acesso a sites estrangeiros, a troca de e-mails internacionais e até chamadas de vídeo para pessoas em outros países. Em 2023, um incidente de corte de cabos deixou várias regiões sem conexão, evidenciando a dependência dessa infraestrutura.

Recentemente, suspeitas foram levantadas sobre empresas chinesas de reparação desses equipamentos que estariam desativando a localização de seus navios. Essa prática suspeita sugere duas preocupações principais:

1. Roubo de Dados: Dados confidenciais de empresas e governos, incluindo informações sensíveis sobre diplomacia, economia e segurança, podem estar sendo capturados.

2. Corte Intencional dos Cabos: Há a possibilidade de que cabos sejam cortados propositalmente, resultando em lentidão de conexão ou até mesmo a completa desconexão de regiões inteiras.

Em resposta, os Estados Unidos têm se esforçado para impedir que empresas chinesas obtenham o direito de construir novos cabos submarinos. Paralelamente, a OTAN está investindo em tecnologias de internet via satélite para reduzir a dependência desses cabos.

Além das implicações tecnológicas, essa questão se transformou em um problema de segurança nacional. As tensões entre os EUA e a China estão em alta devido a uma série de questões, incluindo Taiwan, Hong Kong, Rússia, Ucrânia, carros elétricos e chips semicondutores.

*Com informações de CNBC, Tecnoblog, Istoé, AP News e The News.