Arqueólogos divulgam descoberta de cemitério filisteu
Reprodução picture-alliance/UPI Photo/D. Hill
Para muitos que observam o ambiente árido e terroso da região do Parque Nacional de Ashkelon, sul de Israel, é difícil imaginar que embaixo de toda aquela areia possa haver vestígios do passado descrito na Bíblia.
Porém, arqueólogos da Expedição Leon Levy encontraram ali um cemitério filisteu – povo que era grande rival dos hebreus, segundo o Texto Sagrado.
Talvez o personagem mais famoso entre os filisteus seja o gigante Golias. Ele foi derrotado por Davi, após desafiar os israelitas (1 Samuel 17). Posteriormente, Davi se tornou o rei de Israel.
As escavações duraram cerca de 30 anos e foram concluídas há 3, porém, somente agora os pesquisadores decidiram divulgar a descoberta.
O silêncio foi uma estratégia para evitar que ativistas judeus ultraortodoxos dificultassem o trabalho da equipe. Pois, a região é um local de sepultamento.
Estima-se que foram encontrados 145 conjuntos ósseos. Próximo aos corpos eram colocados frascos de perfumes e, em alguns casos, os mortos eram sepultados com pertences pessoais, como pulseiras, armas e brincos.
Os estudiosos acreditam que os filisteus chegaram ao território de Israel – na região do que seria a atual Faixa de Gaza – por volta do século 12 antes de Cristo (a.C.).
A cerâmica encontrada em escavações de sítios filisteus indica que provavelmente eles vieram da região do Egeu, mas não tem como afirmar com precisão o local.
Os elementos descobertos foram expostos no Museu Rockfeller de Jerusalém e agora estão em análise de testes, como, por exemplo, DNA e radiocarbono.
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