A OPEP+ decidiu que vai continuar com os cortes na quantidade de petróleo que disponibiliza aos outros países pelo menos até o fim do ano que vem.

•  Hoje em dia, essa diminuição na oferta equivale a 6,8 milhões de barris por dia — o que dá cerca de 6% da demanda global.

A OPEP reúne os maiores produtores do mundo, e funciona como um grande cartel que controla o volume no mercado de acordo com seus interesses.

Qual o motivo do corte? 

Com juros altos, queda do consumo na China e aumento da produção em outros países — como nos EUA —, a OPEP teme um excesso de oferta que faria o petróleo ficasse parado no estoque.

Sendo assim, pisar no freio na produção significa garantir que o produto será comprado e que os preços vão continuar altos para garantir um bom lucro.

A medida pode gerar uma alta no preço do barril de petróleo — que está em US$ 83 — e combustíveis mais caros ao redor do mundo. Isso pode interferir diretamente nas eleições americanas.

Um aumento nos combustíveis tem impacto não só no setor de energia, mas em todos os setores da economia. Isso acontece porque qualquer negócio depende, de alguma forma, de combustíveis.

Já para a OPEP, os cortes significam mais dinheiro das vendas no caixa, e a Arábia Saudita é a principal interessada nisso para financiar projetos como uma nova cidade no deserto e uma companhia aérea global.

Pensando nisso, o governo do país decidiu fazer uma grande venda de ações da sua petrolífera estatal Aramco, que pode levantar até US$ 13 bilhões.