Recentemente, na madrugada da sexta-feira, dia 22 de novembro, um templo da igreja cristã Sara Nossa Terra de Santa Maria Sul, no Distrito Federal, amanheceu depredado. Vândalos invadiram a igreja, rasgaram Bíblias, quebraram instrumentos musicais e de som, derrubaram bebida alcoólica no chão e chegaram ao ponto de urinar no altar. 

Chateado com o ocorrido, o líder espiritual da instituição, o bispo Robson Rodovalho, conversou com o Brasil Notícias:

"Muito triste, muito desagradável, quebraram praticamente todo o altar, rasgaram a Bíblia, viraram as cadeiras, inclusive urinaram no altar, na própria Bíblia, um ato de vandalismo, de raiva, de mágoa inexplicável", lamentou.

O bispo Robson Rodovalho afirma que ninguém se machucou porque, no momento do ataque, a igreja estava vazia. 

Esse caso foi noticiado por alguns sites, mas não teve uma grande repercussão e por isso o líder da igreja Sara Nossa Terra faz um questionamento: "Eu acho que se isso acontecesse em uma outra religião, o mundo todo ia se consternar e etc, falar que existe intolerância, mas como aconteceu em uma igreja evangélica, infelizmente, para a grande mídia, isso tem muito pouco valor, né?".

Ataques como esse que ocorreu na igreja Sara Nossa Terra infelizmente acontecem com frequência no Brasil. Diante de tantas depredações que a igreja Universal do Reino de Deus já sofreu e sofre, o presidente da Associação Unigrejas e responsável pelas Relações Institucionais da Universal, o Bispo Eduardo Bravo, afirma que repudia o que aconteceu e reforça que é preciso respeitar os cristãos: "Nós repudiamos essa atitude de vandalismo e de preconceito que as igrejas evangélicas têm sofrido no Brasil. Na verdade, os evangélicos são os que mais fazem pela população, ele contribuem ativamente para o bem social das cidades, mas por outro lado, uma parte da mídia esquerdista não consegue enxergar isso com bons olhos e acaba se levantando com preconceito contra essa igreja evangélica", desabafou. 

Para o filósofo e comentarista político Pedro Henrique Alves esse acontecimento traz uma importante reflexão,pois muito se fala sobre tolerância hoje em dia, mas, aparentemente, ela só vale para um lado. 

"Já passou da hora da gente tratar a situação da violência contra os cristãos com mais seriedade. Parece que hoje no mundo a intolerância  religiosa é tratada com seriedade, todas as matrizes religiosas são defensáveis menos o cristianismo. A gente tem que começar a se questionar: por quê? A tolerância nunca foi para esquerda uma pauta verdadeira, eles são tolerantes até a medida de que eles são vitimados, a partir do momento que é hora de atacar eles não são mais tolerantes, é a verdadeira ditadura dos tolerantes né?", analisou.

É importante lembrar que no mesmo dia em que a igreja Sara Nossa Terra foi depredada, a Rede Globo ofendeu os cristãos ao mostrar em sua novela duas personagens que tinham se convertido à fé cristã voltarem para a vida do crime de forma irônica e maldosa. Para o filósofo e comentarista político, essa foi uma estratégia para atacar os católicos e os evangélicos: 

A Globo talvez seja a emissora que mais comete intolerância religiosa de fato, mas somente com uma matriz, a matriz cristã. A Globo está em decadência e ela aposta sempre nessa retórica progressista de atacar o cristianismo, vocês conseguem imaginar, por exemplo, uma provocação dessa a uma religião de matriz afro, a espíritas? Que sempre teve uma relação muito próxima com a Globo? Vocês conseguem imaginar uma provocação dessa? Vocês conseguem imaginar a Globo criticando a ideologia de gênero ou algo do tipo?", observa.

E, por isso, Pedro Henrique Alves conclui que é importante que os cristãos não se calem diante de situações de intolerância e desrespeito e denunciem ligando para o disque 100. 

"A gente chegou num grau de civilização que não comporta mais esses tipos de prática,  por isso, eu encorajo os cristãos a denunciarem também as injustiças que sofrem, se intolerância religiosa vale contra os afros, se vale contra os espíritas, também vale para os cristãos. Isso é o princípio inclusive de equilíbrio social", finalizou.