Governo inglês proíbe manifestações contra ensino LGBT
O protesto foi realizado na escola primária de Anderton Park, e mesmo sendo pacíficos, não foram aceitos
O Supremo Tribunal inglês proibiu que protestos contra o ensino LGBT sejam realizados em frente à escola primária de Anderton Park, na cidade Birmingham. Embora os protestos ocorridos tenham sido pacíficos, eles não serão mais aceitos.
De acordo com o juiz Warby Justice, a decisão foi tomada visando a saúde dos alunos e dos funcionários da escola. Conforme Justice declarou, os protestos que vinham sendo realizados tiveram “efeito adverso” nos envolvidos. Por isso, 21 professores foram diagnosticados com estresse e estão sendo tratados.
O Dr. Will Jones é matemático com doutorado em Filosofia Política e diploma em Estudos Bíblicos e Teológicos. Ele também é autor de “Teologia Social Evangélica: Passado e Presente”. Portanto, estudioso das relações que comunidades têm com religiões.
De acordo com ele, essa escola decidiu “ensinar em uma comunidade amplamente muçulmana um programa de educação em relações e igualdade com conteúdo contrário à fé islâmica (e bíblica). Sem surpresa, e compreensivelmente, os pais protestam”.
“Obviamente, as organizações precisam cuidar de seus funcionários, inclusive quando ficam estressados. Mas, se isso se torna um motivo para proibir protestos, então, o direito de protestar neste país simplesmente desapareceu”, afirma o escritor.
“Ensino LGBT desrespeita a própria lei”, afirma Dr. Jones
Conforme Dr. Jones destaca em coluna publicada no site Christian Today, a legislação inglesa determina que “em todas as escolas, ao ensinar essas disciplinas, o histórico religioso de todos os alunos deve ser levado em consideração ao planejar o ensino, para que os tópicos incluídos no conteúdo principal desta orientação sejam tratados adequadamente. As escolas devem garantir que cumpram as disposições relevantes da Lei da Igualdade de 2010, segundo a qual religião ou crença estão entre as características protegidas”.
Dessa maneira, explica o especialista, a escola de Anderton Park está desrespeitando a própria Lei. Afinal, o Alcorão – livro sagrado para os mulçumanos – é contrário ao programa de educação adotado.
E mesmo assim, em um país democrático, os pais foram proibidos de protestar.
“26 de novembro de 2019 será um dia sombrio para a liberdade neste país – um dia em que um estado cada vez mais autoritário, aparentemente fascinado por um lobby LGBT poderoso e intolerante, impediu os pais de ficarem do lado de fora da escola de seus filhos para deixar claro seu descontentamento com o que suas crianças estão sendo ensinadas”, conclui o doutor.
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