Banco Central define nesta quarta nova taxa de juros
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Na quarta-feira (31), o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central irá estabelecer a nova taxa básica de juros, conhecida como Selic. Espera-se que haja uma redução adicional de 0,5 ponto percentual neste indicador, que atualmente está em 11,75%. Se as quedas continuarem nesse ritmo, a Selic atingirá o patamar de 11,25%, o mais baixo desde fevereiro de 2022.
A reunião inaugural do Copom neste ano teve início na terça-feira (30). No mês de dezembro, os membros do comitê anteciparam futuras diminuições similares em encontros subsequentes do colegiado.
A análise considerou que a taxa Selic é o principal mecanismo da política monetária para influenciar a inflação em uma economia. Isso ocorre porque a elevação dos juros encarece o crédito, provoca uma diminuição na disposição para consumir e incentiva a busca por novas oportunidades de investimento por parte das famílias.
A taxa de inflação no Brasil fechou o ano de 2023 em 4,62%, segundo o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Esse número representa uma diferença de 0,13 pontos percentuais em relação ao limite máximo da meta, que era de 4,75%. Com a continuidade da queda na taxa de inflação, espera-se que a taxa Selic mantenha sua trajetória de redução.
Se confirmado, a diminuição de 0,5 ponto percentual será o quinto corte consecutivo na taxa Selic desde agosto, quando o Banco Central interrompeu o ciclo anterior de aumento dos juros e iniciou a redução.
"Ainda há um caminho longo a percorrer para a ancoragem das expectativas e o retorno da inflação à meta, o que exige serenidade e moderação na condução da política monetária. [...] Além disso, a incerteza, em particular no cenário internacional, que tem se mostrado volátil, prescreve cautela", prevê o documento.
Frente à sequência de redução das taxas de juros, o Comitê de Política Monetária (Copom) constatou que houve um "notável progresso desinflacionário", porém mantém uma postura cautelosa em relação ao processo de retornar a inflação para a meta central de 3,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A ata ressalta a importância de manter uma política monetária ainda restritiva visando alcançar o objetivo desejado.
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