Pesquisa mostra que uso excessivo de telas piora a saúde mental
Estudo da UFMG constatou o efeito negativo em pessoas de diferentes gerações. Veja
O uso excessivo de telas está relacionado à piora da saúde mental de seus usuários, não importa a idade. Foi o que constatou uma pesquisa apresentada no Programa de Pós-graduação em Medicina Molecular, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Em detalhes:
O estudo foi feito por análise de pesquisas primárias sobre o assunto, totalizando 142 artigos e mais de dois milhões de pessoas de diferentes países acompanhadas.
Os resultados mostraram a presença da nomofobia (medo de ficar longe do celular) em idosos. Já a avaliação de crianças constatou que 72% deles teve aumento da depressão associado ao uso excessivo de telas.
O levantamento mostra ainda que a participação em redes sociais foi responsável por aumentar o risco de depressão em meninas. Isso acontece porque parte considerável do conteúdo fornecido nas mídias é de corpos considerados perfeitos, o que gera comparação e afeta a saúde mental. O mesmo ocorre com idosos que consomem conteúdos violentos na televisão.
“Percebeu-se que os pacientes jovens com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, além de depressão, tinham as telas a todo momento e, no período de pandemia, elas foram as principais aliadas contra a solidão. Porém, as consequências desse uso excessivo podem ser vistas agora”, diz a pesquisadora Renata Maria Silva Santos, autora do estudo.
“A conclusão é que não basta limitar o tempo de tela, mas também enriquecer o tempo fora dela, tentando manter a mente ativa. A falta de gerenciamento do tempo aumenta o estresse de forma considerável, visto que nos Estados Unidos, por exemplo, mais de 30% dos adultos utilizam jogos em seus aparelhos, o que atrapalha as tarefas do dia a dia”, acrescenta.
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