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São Paulo, 26/07/2024

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    Israel e Hamas concordam em mais 24 horas de trégua

    A trégua no conflito, até agora, permitiu a libertação de 73 reféns de Israel e 24 estrangeiros mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza

    Fonte: Metrópoles
    Israel e Hamas concordam em mais 24 horas de trégua Reprodução

    Nos últimos minutos antes do fim da trégua, Israel e o Hamas concordaram com mais 24 horas de cessar-fogo na Faixa de Gaza, na madrugada desta quinta-feira (30/11), horário de Brasília. O acordo firmado entre os dois lados do conflito, após seis dias de vigência, foi estendido, graças a esforços diplomáticos de última hora.

    O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a trégua estava perto de terminar “se uma lista aceitável de mais prisioneiros a serem libertados não fosse entregue até 07:00: Às 00h desta manhã [quinta-feira], os combates seriam retomados imediatamente”. Mas a lista veio.


    “Uma lista de mulheres e crianças – de acordo com os termos do esboço [do acordo de cessar-fogo da semana passada] – foi entregue a Israel há pouco tempo; portanto, a pausa continuará”, afirmou o gabinete.


    O Hamas também confirmou mais tempo de acordo, assim como o Catar, um dos mediadores do conflito.


    A trégua, até agora, permitiu a libertação de 97 reféns, sendo 73 israelenses e 24 estrangeiros mantidos pelo Hamas. Israel estima que ainda estejam sob poder do Hamas 145 pessoas.


    Em retribuição, o governo de Israel permitiu a soltura de 210 prisioneiros, cessou os bombardeios à Faixa de Gaza e facilitou a entrada de ajuda humanitária na região.


    A organização Crescente Vermelho Palestino (PRCS), membro do Movimento Internacional da Cruz Vermelha, informou que, desde o início da trégua, mais de 1 mil caminhões com ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza pela fronteira com o Egito.


    Israel fala em continuidade da guerra


    Nessa quarta, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou que, após a trégua, o país retornaria à guerra. Segundo ele, o governo seguirá na busca de três objetivos: destruição do Hamas, libertação dos reféns e garantir que Gaza não represente mais qualquer ameaça para Israel.


    “Não há situação em que não voltemos a lutar até ao fim. Esta é a minha política. Todo o Gabinete de Segurança está buscando isso. Todo o governo está buscando isso. Os soldados estão buscando isso. As pessoas estão buscando isso – é exatamente o que faremos”, destacou.


    Interrupção nos conflitos


    O conflito entre Israel e o Hamas, apesar de tensionar o Oriente Médio há décadas, teve uma escalada histórica em 7 de outubro. Na ocasião, o grupo extremista promoveu um ataque surpresa a Israel, resultando em mais de 1,2 mil mortos. Os extremistas ainda levaram à Faixa de Gaza mais de 240 reféns — grupo composto por homens e mulheres adultas, além de crianças, entre israelenses e estrangeiros.


    Após declarar guerra, Israel passou a bombardear e promover incursões terrestres à Faixa de Gaza, dominada pelo Hamas desde 2006. O Ministério da Saúde local, que tem ligação com os extremistas, informa que a retaliação resultou em 15 mil mortos até o momento.


    Por mais de um mês, Gaza esteve sob fogo contínuo de Israel. No enclave palestino, vivem mais de 2 milhões de pessoas, que estiveram entregues a uma crise humanitária, causada pelo cerco promovido por Israel. O alto número de mortos e a falta de suprimentos de primeira necessidade aumentaram a pressão da comunidade internacional pela interrupção no conflito.


    Foi nesse contexto, aliado a uma pressão interna que poderia custar a deposição do premiê Benjamin Netanyahu, que Israel decidiu fechar um acordo com o Hamas. O tratado contou com a mediação do Catar e foi apoiado pelo Egito e pelos Estados Unidos.


    As cláusulas iniciais previam a libertação de 50 reféns israelenses em troca da libertação de 150 prisioneiros palestinos e trégua de quatro dias. O acordo foi cumprido entre 24 e 27 de outubro. Perto do fim do prazo, os dois lados decidiram estender o acordo em mais dois dias.


    Brasil celebra libertação


    O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) se reuniu novamente, nesta quarta, para tratar do conflito que se desenrola no Oriente Médio. O secretário-geral da entidade, António Guterres, defendeu “um verdadeiro cessar-fogo humanitário” no conflito entre Israel e Hamas.


    Na ocasião, o chanceler Mauro Vieira falou em nome da delegação brasileira e classificou a trégua como “uma centelha de esperança” no conflito. “Embora pontuais e temporárias, a suspensão das hostilidades e a facilitação da libertação de numerosos prisioneiros demonstram que um acordo é possível, mesmo quando parece inalcançável”, destacou.


    Vieira ressaltou que o Brasil reconheceu a resolução aprovada pelo colegiado. Em 15 de novembro, o Conselho de Segurança aprovou minuta que pedia a libertação de todos os reféns, demandava ainda pausas no conflito e corredores humanitários na Faixa de Gaza. O pedido, porém, acabou não atendido por Israel.




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