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São Paulo, 27/07/2024

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    12. Quem é Benjamin Netanyahu?

    Benjamin Netanyahu é o primeiro-ministro mais longevo da história de Israel, tendo ocupado o cargo de chefe do governo nos períodos 1996-99, 2009-21, e desde janeiro de 2023

    Fonte: Instituto Brasil-Israel
    12. Quem é Benjamin Netanyahu? Alan Santos/PR/Agência Brasil

    12. Quem é Benjamin Netanyahu?

    Benjamin Netanyahu é o primeiro-ministro mais longevo da história de Israel, tendo ocupado o cargo de chefe do governo nos períodos 1996-99, 2009-21, e desde janeiro de 2023. Filho de um historiador ligado à direita sionista, Netanyahu passou parte de sua infância nos EUA, onde o pai lecionava na universidade. Regressou a Israel para servir o exército, no qual foi oficial da unidade de elite Matkal, a mesma que seu irmão mais velho, Yonathan, que acabou morto na Operação Entebbe (que libertou reféns judeus de um avião sequestrado por grupos terroristas em 1976).

    Após o serviço militar, Netanyahu regressou aos EUA, onde se formou, e decidiu ingressar na política israelense. Primeiramente, foi embaixador de Israel na ONU, onde teve papel destacado, que lhe credenciou para tornar-se deputado pelo partido Likud. Tornou-se líder do partido rapidamente, posição que ocupou durante o processo dos Acordos de Oslo, do qual foi um dos principais críticos. Após o assassinato de Rabin, Netanyahu venceu o trabalhista Shimon Peres e tornou-se o primeiro chefe de governo de Israel nascido após a criação do estado.

    Após um mandato pouco significativo e impopular, deixou a liderança do partido ao ser derrotado nas eleições seguintes, e fez um intervalo na vida política. Regressou como ministro das Finanças, cargo no qual realizou reformas de cunho neoliberal e extremamente impopulares durante a Segunda Intifada, que cobraram um alto preço: ao regressar ao comando do partido em 2005, levou o Likud ao pior resultado eleitoral de sua história. Mas, aos poucos, foi juntando os cacos e usando de sua excelente retórica para derrubar o governo Olmert, e voltou ao poder em 2009.

    Desde então, Netanyahu se notabilizou por alianças políticas com partidos de todos os espectros do sionismo: desde os ultra-ortodoxos até a esquerda trabalhista, passando pelos secularistas de centro e a direita ortodoxa pró-colonização. Ele se equilibrou com êxito durante boa parte do tempo, sem grandes realizações, mas sem graves crises. Sua estratégia política para lidar com os palestinos é a “administração do conflito”, ideia que tem por premissa que o conflito não é algo que possa ser solucionado, porque os árabes não realmente querem os judeus na região. Sendo assim, a ideia seria a de reduzir danos, construir moderadamente assentamentos, não anexar os territórios ocupados, mas tampouco negociar o Estado palestino.

    Aos poucos, Netanyahu foi perdendo a credibilidade no meio político, devido a promessas não cumpridas a ex-aliados, e terminou por sofrer uma forte rejeição de todos os partidos que se concentram à sua esquerda. Isso, somado a acusações de corrupção, provocaram uma radicalização do seu discurso, que passou a deslegitimar a esquerda e a população árabe-israelense, e dividir o país em dois grupos: a direita sionista e os ortodoxos contra a centro-esquerda secular e os árabes. Tal divisão chegou a seu ápice em 2023, quando seu governo decidiu executar uma reforma jurídica, que enfraqueceria drasticamente o poder judiciário. Esta reforma gerou uma forte reação popular, cujas tensões chegaram ao auge em setembro de 2023, um mês antes do mais mortal conflito com o terrorismo palestino explodir.




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