NOTA DE REPÚDIO

Ao sofrimento imposto aos venezuelanos

A UNIGREJAS, União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos, vem a público, através de seu representante legal, manifestar-se acerca do sofrimento interminável do povo da Venezuela.

RESUMO

O presidente venezuelano Nicolás Maduro chegou neste último domingo (28/05) ao Brasil e foi recebido na segunda-feira pelo presidente Lula no Palácio do Planalto. Segundo o portal de notícias R7 , Maduro retorna ao Brasil após oito anos para “desenvolver uma agenda diplomática”, a fim de participar de uma cúpula com os presidentes da América do Sul e reforçar a união dos países do continente. 

De 2019 a 2022, Maduro era proibido de ingressar no território brasileiro devido a uma portaria assinada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que impedia a entrada de “altos funcionários do regime venezuelano”. Ocorre que Maduro também é investigado por crimes relacionados a drogas nos Estados Unidos. 

MANIFESTAÇÃO

Verdade é que o povo da Venezuela vem sofrendo uma profunda recessão econômica.

Segundo a agência da ONU para refugiados, 7 milhões de venezuelanos já deixaram o país, havendo hoje 6,5 milhões de pessoas passando fome. De acordo com a Human Rights Watch, os números da repressão do regime Maduro são também assustadores, tendo havido 19 mil mortas em execuções extrajudiciais praticadas pelo Estado entre os anos de 2016 a 2019, além de 15 mil prisões arbitrárias desde o ano de 2004 na Venezuela. Cita-se, ainda, a cassação de adversários políticos, impossibilitando que pudessem se candidatar para concorrer ao posto máximo ou a outros cargos. 

Personalidades e jornalistas que apoiaram a eleição de Lula estão criticando sua postura em relação à Venezuela, ainda mais sua defesa ao regime de Maduro, quando disse que a Venezuela “é vítima de uma narrativa de antidemocracia e autoritarismo”. Até mesmo o presidente uruguaio Luis Alberto Lacalle se posicionou na reunião de líderes, falando que não se pode “tapar o sol com a peneira”.  O líder chileno Gabriel Boric afirmou que o que está acontecendo não é narrativa, mas que “a situação é real e séria”, em que ele teve a oportunidade de ver “de perto nos rostos e na dor de centenas de milhares de venezuelanos” que fugiram para o Chile. 

A UNIGREJAS, assim, repudia todo e qualquer regime opressor, que tem gerado pobreza, opressão e morte.

Aproveitamos para pedir aos cristãos no Brasil que mantenham o povo venezuelano em oração, bem como que esteja intercedendo pela Igreja na Venezuela, a fim de que seja uma luz em um tempo tão difícil para aquela nação. 

São Paulo, 31 de maio de 2023. 

Bp. Eduardo Bravo - Presidente da UNIGREJAS