Inflação do Brasil se mantém abaixo frente aos EUA pelo 8° mês seguido
O BC relatou as previsões para os meses seguintes como argumento para manter a taxa Selic no maior nível dos últimos seis anos
A queda do ritmo da inflação, gerada pelo corte de impostos no intuito de reduzir o valor dos combustíveis e da energia elétrica, culminou nos preços do Brasil aparecer abaixo do notado nos Estados Unidos desde setembro do ano passado.
Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) condensa uma alta de 4,2% no acumulado de 12 meses terminados em abril. A taxa de inflação nos EUA é de 4,9% no mesmo período.
A inflação anual abaixo da ponderada nos EUA se tornou habitual nos últims 12 meses, contando com o apoio das deflações catalogadas entre os meses de julho e setembro do ano passado.
As discussões a respeito das taxas de juros nos dois países tem sido motivada pelo movimento. Enquanto o BC (Banco Central) acpmpanha a Selic em 13,75% ao ano frente a justificativa de permanecer a inflação controlada, o FED (Federal Reserve) observa que há a necessidade de ainda monitorar o curso dos preços e aumentou os juros, pela 10ª vez em maio, destinado a faixa de 5% a 5,25%, sendo o maior nível em 16 anos.
A têndencia pode ser revertida nos próximos meses, afinal, o índice de preços nacional receberá influência negativa pelas inflações negativas do terceiro trimestre de 2022. Contudo, o IPCA irá novamente ultrapassar o teto da meta estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), nível recuperado nos últimos dois meses.
O BC relatou as previsões para os meses seguintes como argumento para manter a taxa Selic no maior nível dos últimos seis anos. Conforme a autoridade monetária, a chance de o IPCA fechar 2023 dentro da meta ainda é irrisória, sendo somente 17%. Tendo confirmação, o resultado representará o terceiro furo consecutivo da meta de inflação.
Para os analistas do mercado financeiro, o IPCA pode encerrar o ano em 5,8%, escalão 1 ponto percentual superior ao teto da meta do CMN. A projeção existente, todavia, tem sido menor que a diagnosticada nas semanas anteriores e aparece depois da Petrobrás eliminar a política de equivalência internacional referente o preço da gasolina e do diesel.
Confira as estatísticas abaixo:
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