PALAVRA DO PRESIDENTE

Posicionamento da Unigrejas em relação ao segundo turno

O segundo turno das eleições se aproxima. Neste dia 30 de outubro alguns Estados da Federação irão definir seus governadores, e o Brasil escolherá o presidente da República para os próximos quatro anos. Trata-se de um dos pleitos mais disputados desde a redemocratização e a promulgação da Constituição brasileira de 1988. Não menos importante, estas eleições apresentam uma polarização ainda mais acirrada que qualquer uma das anteriores, haja vista a radical diferença de propostas entre os principais candidatos à presidência. Por isso, há extrema importância que cada cidadão faça valer o seu voto, e que, como cristãos, mantenhamo-nos em oração pelo nosso país.

Jair Bolsonaro, atual presidente da República, buscando a reeleição, tem propostas claras, segundo seu plano de governo. Sua agenda é pró-família, pró-liberdade, pró-nação e pró-vida. O candidato luta pela família tradicional como base da sociedade, é contra o aborto, contra a legalização das drogas, e, por fim, coloca a nação brasileira como prioridade de suas ações. Seu lema é, assim, “Deus, pátria, família e liberdade”. Em seu plano de governo, há uma atenção especial para  a liberdade religiosa, que  “implica propiciar a todos os brasileiros e residentes em nosso País a livre possibilidade de exercer ou não suas crenças religiosas, respeitando os que pensem diferente” e que, "dessa forma, cada cidadão se torna completo, tem o livre arbítrio sobre sua visão de mundo e desfruta de sua felicidade”.

O ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva volta a concorrer após estar preso por corrupção e ter sido solto por decisão do STF, o qual anulou os processos em que o agora candidato já havia sido condenado em primeira  e segunda instâncias, com condenação confirmada pelo STJ. Lula segue a ideologia partidária do PT, que defende um Estado maior e um regime socialista, com uma intervenção maior na economia e relativização da propriedade privada e dos valores de família. Na pauta moral, o partido é historicamente progressista, levantando as bandeiras de ideologia de gênero, do aborto, da descriminalização das drogas. Seu partido faz parte do Foro de São Paulo, associação de partidos de esquerda e movimento revolucionários da América Latina. Por esse motivo, Lula têm relação próxima com outros líderes de esquerda do continente, tais como Maduro, na Venezuela,  Raul Castro, em Cuba, Evo Morales, na Bolívia, Alberto Fernandes, na Argentina, e Daniel Ortega, na Nicarágua, que tem perseguido a Igreja e, até mesmo, fechado meios de comunicação, como rádios católicas e a rede CNN no país. Isso aponta para o tipo de relações internacionais e econômicas que devem ser privilegiadas em caso de uma vitória sua.

A UNIGREJAS, assim como se manifestou no primeiro turno, mantém sua posição de apoiar as pautas conservadoras, hoje representadas pelo presidente Jair Messias Bolsonaro, e em SP, pelo candidato ao governo Tarcísio de Freitas, e reforça, portanto, o pedido para que os cristãos brasileiros peçam a Deus sabedoria na decisão sobre a quem dar o seu voto. Sobre as eleições gerais, se o seu Estado terá o segundo turno para governador, procure conhecer também as propostas dos candidatos na perspectiva dos valores cristãos.

Lembramos, ainda, a importância de não se abster ou anular o seu voto. Existem muitos candidatos com ideologias anti-cristãs, que não respeitam a liberdade de religião ou crença, e, até mesmo, falam abertamente contra os valores bíblicos. Ao anular o voto, você deixará para pessoas que defendem essas pautas escolherem o seu futuro. (Leia sobre cinco razões para não votar nulo neste link: https://unigrejas.com/noticia/4423/cinco-motivos-para-nao-votar-nulo.html.)

Por fim, fazemos uma última convocação à Igreja para continuar em intercessão pelas eleições e pelo Brasil, para que tenhamos um pleito limpo e transparente, e que, ao final, o Senhor Deus livre nossa nação tanto dos políticos corruptos quanto das ideologias contrárias à nossa fé.

 São Paulo, 28 de outubro de 2022. 

Bp. Eduardo Bravo - Presidente da UNIGREJAS