Posição dos candidatos a presidência sobre importantes temas para o voto cristão
São importantes temas para definição do voto cristão: aborto, ideologia de gênero, liberdade religiosa e Estado laico
POSIÇÃO DOS CANDIDATOS À PRESIDÊNCIA
SOBRE IMPORTANTES TEMAS PARA O VOTO
CRISTÃO
A UNIGREJAS,
União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos, vem a público, através de seu
presidente, apresentar um sumário da posição dos dois candidatos
à Presidência da República Bolsonaro e Lula - que estão liderando em todos os
institutos de pesquisa - acerca dos importantes temas para a definição do voto
cristão.
Por ocasião das eleições que se aproximam, a UNIGREJAS,
com o desejo de trazer maior clareza aos eleitores, apresenta um sumário da
posição dos dois principais candidatos à presidência da República sobre alguns
importantes temas para definição do voto cristão, quais sejam, aborto,
ideologia de gênero, liberdade religiosa e Estado laico.
IDEOLOGIA DE GÊNERO e FAMÍLIA:
Bolsonaro: Não menciona a
palavra gênero nem o termo LGBT ou similares. Fala de família por aproximadamente 65 vezes, e na
página 21 do plano de governo deixa claro que entende ser a família
célula ou base da
sociedade.
Lula: Políticas que garantam os
direitos, o combate à discriminação e o respeito à cidadania LGBTQIA+ em suas diferentes formas de
manifestação e expressão. Políticas que garantam o
direito à saúde integral desta população, a
inclusão e
permanência na educação, no mercado de
trabalho e que reconheçam o direito das
identidades de gênero e suas expressões (Página 14 do plano de governo).
LIBERDADE RELIGIOSA e ESTADO LAICO
Bolsonaro: Na página 09 do seu plano de governo, declara que a
liberdade religiosa “implica propiciar a todos os brasileiros e residentes em
nosso País a livre possibilidade
de exercer ou não suas crenças religiosas,
respeitando os que pensem diferente”
e que, "dessa forma, cada cidadão se torna completo, tem o livre arbítrio sobre sua visão de mundo e desfruta de sua
felicidade”. Finaliza afirmando que
"trata-se de defender que o Estado e a sociedade garantam a liberdade
religiosa do cidadão, combatendo todas as formas de discriminação e os ataques às distintas práticas religiosas”. Em suas declarações e aparições públicas deixa claro que seu
entendimento de laicidade é colaborativa, em que religião tem seu próprio
âmbito de atuação na sociedade, ao mesmo tempo que pode ter participação em
questões sociais, cooperando com o Estado para o bem público.
Lula: Menciona o respeito à liberdade religiosa e de culto e o combate à intolerância religiosa, e
acredita que se tornaram ainda mais urgentes para a democracia brasileira.
Propõe enfrentar e vencer a ameaça totalitária, o ódio, a violência, a discriminação e
a exclusão
(página 27 do plano de governo). No ponto 40 do seu plano, em relação aos povos indígenas, quilombolas e populações tradicionais fala sobre
valorizar a cultura, tradições, modo de vida e conhecimentos tradicionais (o
que remete à ADI 6622, em que o PT pediu pela
contenção e isolamento dos invasores em relação às comunidades indígenas - o que também inclui as missões
religiosas). No ponto 22, o termo
"educação laica" não fica claro, podendo abrir brechas para uma educação neutra, secularista
ou até mesmo que promova um
laicismo de combate. Já deixou claro em
seus discursos que entende que líderes religiosos, como pastores e padres, não
devem tratar de política.
ABORTO
Bolsonaro: Em seu plano de governo, nas páginas 28 e 30, é expressamente
pró-vida, mencionando a proteção da maternidade desde a concepção, bem como de apoio às mulheres através do Programa Mães do
Brasil.
Lula: Não há menção direta ao aborto, porém na página 13 do seu plano de governo fala de fortalecimento do SUS
para atender as mulheres. Em discursos
já deixou claro que entende ser a legalização do aborto um direito à saúde da
mulher
A UNIGREJAS, mantém sua posição de apoiar as
pautas conservadoras, e, neste tempo oportuno, reforça, assim, o
pedido para que os cristãos brasileiros peçam a Deus sabedoria na decisão sobre
a quem dar o seu voto. A Igreja deve continuar em intercessão pelas eleições,
para que tenhamos um pleito limpo e transparente, e que, ao final, o Senhor
Deus livre nossa nação tanto dos políticos corruptos como daqueles cuja
ideologias e planos colocam-se contra nossa fé.
São Paulo, 22 de setembro de 2022.
Bp. Eduardo Bravo - Presidente da UNIGREJAS
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