No último final de semana ocorreu uma manifestação no Largo da Ordem, na capital paranaense, em protesto pela morte do refugiado congolês Moïse Mugenyi e Durval Teófilo Filho. No entanto, pessoas ligadas a partidos de esquerda, como o Partido dos Trabalhadores (PT) e Partido Comunista Brasileiro (PCB), invadiram a igreja do Rosário em Curitiba (PR). 

Notícias locais indicam que a iniciativa foi conduzida pelo vereador Renato Freitas (PT) (foto abaixo) , que aparece em vídeos e fotos em redes sociais.  

Nesta segunda-feira (7), diversos parlamentares federais, estaduais e municipais repudiaram a ação dos protestantes.  

O deputado federal Aroldo Martins (Republicanos) (foto acima), usou suas redes sociais para expressar sua revolta com o fato, que destacou a ação como inaceitável. O parlamentar publicou o artigo 208 do código penal.

Art. 208 - Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena - detenção, de um mês a um ano, ou multa. 

 "Condeno de forma veemente as ações lideradas pelo vereador de Curitiba de invadir o local de culto na Igreja da Ordem, infringindo deliberadamente à Constituição Federal e o Código Penal. Espero que responda judicialmente, bem como perante o Conselho de Ética da Câmara Municipal de Curitiba", reforçou o deputado. 

A Arquidiocese de Curitiba divulgou nota em que classificou a invasão como um ato marcado por “agressividades e ofensas”. No documento, assinado pelo arcebispo dom José Antonio Peruzzo, a entidade destaca que “a posição da Arquidiocese de Curitiba é de repúdio ante a profanação injuriosa”. 

A Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) divulgou nota de repúdio diante da invasão e ressaltou que a liberdade religiosa é assegurada pela Constituição Federal e que a invasão ao templo pode ser passível de sanção penal. 

“É imperioso destacar que o exercício de um direito, qual seja, o da livre manifestação, não pode ocorrer quando se viola outro direito constitucional, essencial à vida humana, que é a liberdade religiosa, bem como o direito a realizar culto. A manifestação poderia ocorrer em outro momento que não o da celebração da missa. A entrada dos manifestantes no interior da igreja no momento da reunião, de modo a proferir palavras ofensivas aos fiéis que ali estavam, conforme as evidência oriundas das imagens e vídeos divulgados nos veículos de mídia social, expõem uma grave violação aos locais de culto e a liturgia religiosa, o que é terminantemente proibido e deve ser combatido”, destacou a Anajure. 

A fé deve ser respeitada. Muito mais do que lamentável, esse ato é revoltante, não se combate violência com mais violência. Seria esse ato, inicialmente, intitulado como antirracista se tornado contra os cristãos?