Diga não à intolerância religiosa
A essência do evangelho é o amor e não o ódio
Dados do balanço anual do Disque 100 (Canal do Ministério
dos Direitos Humanos que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana,
para denúncias de violações aos direitos humanos) apontam que em 2018, foram
registrados mais de 500 casos de intolerância religiosa no Brasil.
Outros dados que devem ser levados em conta é o da
Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos
(SEDHMI), que mostram que casos de intolerância religiosa aumentaram cerca de
56% só no estado do Rio de Janeiro. Em um comparativo do primeiro trimestre de
2018 com o de 2017, o número de denúncias subiu de 16 para 25 neste período. O
tipo de violência mais praticado é a discriminação com 32% dos casos, em
seguida de depredação com 20% e em terceiro lugar a difamação que representa
10,8%.
No artigo 5 da Constituição diz que todo brasileiro tem
direito ao “livre exercício de cultos religiosos e tendo garantida a proteção
aos seus locais de culto e às suas liturgias”. A intolerância é categorizada
como crime e tem penas previstas no Código Penal como multa e prisão de um mês,
que pode chegar a um ano. Em casos de agressão física a pena aumenta em um
terço.
Em vídeo postado sobre o tema, o Bispo Rodovalho, líder da
Igreja Sara Nossa Terra, fez questão de deixar claro que intolerância não
combina com o cristianismo. “Isso não nos representa. A gente prega o amor, a
tolerância, o perdão. A essência do evangelho é o amor e não o ódio. Não
concordamos e não compactuamos com esse tipo de agressão, pelo contrário
pregamos, o amor e o perdão.”
Nesta sexta-feira (13), o Bispo Eduardo Bravo realizou uma
visita ao Sheikh Mohamad Bukai, na Mesquita Brasil, a mais antiga existente na
América Latina, que fica localizada no bairro Cambuci, no centro da capital paulista.
E na oportunidade, presenteou Bukai com a Bíblia Sagrada, que contém as explicações
do Bispo Edir Macedo, líder da Universal.
Para o Bispo Eduardo Bravo, presidente da Unigrejas, as
pessoas devem ser respeitadas, independentemente da sua crença religiosa. “A
nossa mensagem é contra a intolerância religiosa. A Universal, que já foi e
ainda é vítima de preconceito e perseguição religiosa ao longo dos anos,
entende a dor dos que são vítimas da perseguição religiosa. As pessoas devem
ser respeitadas sempre”, concluiu.
COMENTÁRIOS