O que fazer para tornar o relacionamento entre pais e filhos cada dia melhor
Um artigo postado no site oficial da Igreja Batista da Lagoinha traz importantes reflexões sobre o assunto. Confira
Criar filhos no mundo de hoje tornou-se um grande desafio.
Porém, quando temos a direção de Deus, tudo parece ficar mais leve. É isso que
a Palavra de Deus faz com aqueles que buscam a Sua orientação na hora de educar
e até repreender os filhos.
Quando os filhos só dão desgostos aos pais, fica aquela grande
ponta de tristeza alfinetando seus corações. Veja o que diz a Bíblia:
“O filho insensato é tristeza para seu pai, e amargura para
quem o deu à luz” (Pv 17.25).
Um artigo postado no site
oficial da Igreja Batista da Lagoinha, de Minas Gerais, traz
importantes reflexões sobre o assunto. Nele, há uma lista com seis itens informando
aos filhos de que forma podem honrar os seus pais.
O texto cita, ainda, o versículo acima para se referir à pessoa
insensata. Confira a seguir:
“Insensata é uma pessoa sem bom senso, sem juízo.
Nada mais entristece os pais do que ter na família um filho que não
assume responsabilidades e que, frequentemente, lhes dá
aborrecimento. Uma sensação de frustração toma conta do coração dos
pais”, diz o artigo.
É importante que os filhos entendam que os pais têm
dificuldades por conta da falta de preparo. Por mais errados que
sejam, eles estão fazendo o melhor, tentando acertar. Por outro lado,
os filhos devem entender que as expectativas dos pais sobre eles são
inevitáveis.
Mas, o que um filho
pode fazer para honrar os seus pais?
1. Diálogo: Manter o canal de
comunicação aberto na família é importante. Conversar sobre o que
acontece nem sempre é tão fácil, mas ajuda. Há filhos que são tão
individualistas, que acham que o que lhes acontece não interessa aos
pais. Não conseguem entender que família é “um por todos e todos por um.”
2. Plano de vida: É importante
para os pais sentirem que os filhos têm um plano de vida e estão
lutando para conseguir executá-lo.
3. Compromisso com Deus: Numa família
cristã, o maior desejo dos pais crentes é que seus filhos tenham
como prioridade o compromisso com Deus. Não significa que eles,
necessariamente, atuem na área religiosa, mas que em qualquer
profissão que abraçarem, o primeiro compromisso seja o de
fidelidade ao Senhor.
4. Introjeção de conceitos
adquiridos: Tudo o que for ensinado durante a infância e adolescência,
espera-se que os filhos coloquem em prática. Especialmente, os valores
morais e espirituais.
5. Reformulação de conceitos: Pais abertos
ao crescimento terão, algumas vezes, de reformular conceitos
para melhor a adaptação no relacionamento familiar. Não quer dizer
jogar tudo fora, mas parar para pensar: “até onde o meu ponto de
vista trará benefícios para os meus filhos?” Os filhos podem ajudar
os pais nesta caminhada.
O texto de Efésios 6.4 sugere que os pais têm sua parte
nesta parceria. Enquanto os filhos honram os pais, estes não provocam
os filhos à ira, não os irritam, não os levam ao desânimo. E como os
pais podem irritar os filhos?
1. Falta de diálogo: Os pais
irritam os filhos quando não dão espaço para conversas, para que eles
expressem opiniões, discordem. Quando os filhos têm espaço para
argumentar e expressar seus pontos de vista (mesmo que os pais
discordem), eles estão crescendo, e isto os ajudará mais tarde em sua
carreira profissional. Há famílias em que o diálogo é monólogo. Só os
pais falam; os filhos não têm permissão para isso. O respeito
deve predominar. Opiniões diferentes não são acatadas, porque há pais
que julgam que isso é falta de respeito dos filhos. Numa família
cristã, este espaço para compartilhar ideias deve ser cultivado, porque os
filhos perceberão a visão dos pais sobre determinado problema e os
pais terão a mesma oportunidade com referência aos filhos. Quando se
consegue ver os problemas de ângulos diferentes, é mais fácil
ajuizar-se sobre eles.
2. Comparações: Um dos grandes “pecados”
dos pais é tomar alguém como modelo e querer que o filho siga o
exemplo. Fazer comparações entre irmãos é uma tática comum, mas
grandemente destrutiva e perigosa. Cada filho é individual e
único. Não existem dois iguais. Incentivar o desenvolvimento de
hábitos e valores que você considera importantes é uma coisa, mas
dizer que o outro faz melhor pode provocar um sentimento de
incompetência, uma sensação de desvalorização. Isso só tende a
prejudicar mais tarde a autoestima e o autoconceito do filho.
3. Hipocrisia religiosa: Quando não
oferecemos uma fé autêntica e compromissada com o Senhor, nós podemos
irritar os nossos filhos, porque eles ficam confusos sobre o
que falamos a respeito da fé, da igreja, de Deus, da Bíblia, e o que
vivenciamos no dia a dia. Essa dualidade espiritual pode se tornar um
ponto de irritação dos filhos.
4. Desequilíbrio conjugal: Nada irrita
mais um filho do que ver seus pais sempre discutindo ou
totalmente apáticos um com o outro. Não provocar os filhos à ira é
oferecer-lhes um relacionamento conjugal saudável e equilibrado. Pais
equilibrados, filhos ajustados.
5. Dependência: Os pais
criam os filhos para a independência. Mas, para alguns pais, isso é
impraticável. Provocar os filhos à ira pode significar que: 1) exigimos
independência de filhos pequenos que carecem de apoio e orientação;
2) ou impedimos a independência de filhos crescidos. Este é um
assunto sério, porque se os pais estão no primeiro caso podem estar
levando uma criança à confusão e à insegurança total. Se estão no
segundo caso, podem estar com eternas crianças sem permissão para
crescerem.
Há pais que fazem chantagens emocionais com os filhos para
permanecerem nessa relação de dependência, mesmo depois de casados.
Isso tem gerado sérios conflitos, especialmente quando entra em cena
a figura da sogra dominadora.
6. Falta de incentivo: Conta
o grande pintor Benjamin West, que um dia, quando pequeno, sua mãe
saiu e o deixou encarregado de cuidar da irmãzinha Sally. Enquanto a
mãe estava fora, Benjamin encontrou alguns vidros de tinta e começou
a pintar um retrato da irmã. Enquanto fazia isso, a tinta caiu pelo
chão e também sobre o retrato pintado. Quando a mãe voltou, notou a
confusão, mas não comentou nada. Pegou o papel manchado e disse: “Mas
essa parece Sally”, e deu um beijo em Benjamin. Quando
adulto, Benjamin sempre dizia: “Foi o beijo de minha mãe que me fez
pintor”. Um incentivo vale mais do que uma reprovação. A falta de
incentivo pode ser uma forma de irritar os nossos filhos. Há filhos
que necessitam mais de incentivos do que outros. A função dos pais é
suprir essas carências.
Cecil Osborne cita a história de um jovem psicólogo que
escreveu um livro com o título “10 mandamentos para os pais”. Depois
que nasceu o seu primeiro filho, ele revisou o livro e o publicou sob
o título “10 sugestões para os pais”. Após o nascimento do quarto
filho, novamente o livro foi reeditado, com o título “10
possíveis dicas para os pais”.
Isso demonstra que não é tão fácil o
relacionamento entre pais e filhos. Mesmo nas famílias mais piedosas e
equilibradas emocionalmente, os conflitos acontecem. O importante é ter
consciência de que pais e filhos formam uma parceria em que o
caminhar juntos é uma aventura constante.
Ambos os lados crescem, ambos enfrentam dificuldades, ambos descobrem
a beleza da vida, ambos ajudam-se mutuamente. Como família cristã,
não há porque querer esconder-se atrás de uma cortina, dizendo que
tudo vai bem no relacionamento pais e filhos, quando se sabe que
isso não é verdade.
No entanto, há sempre tempo para começar novas atitudes
e tomar novas decisões, tanto para os pais quanto para os filhos.
A pergunta aqui não
deve ser o que meu pai/mãe (ou meu filho) precisa fazer para
melhorar a situação, mas o que eu como filho (como pai/mãe) posso
fazer para tornar esse relacionamento melhor a cada dia.
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