Diante de uma ameaça de um segundo bloqueio nacional em virtude da pandemia do novo coronavírus, pastores do Reino Unido enviaram uma carta aberta ao primeiro ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e aos primeiros-ministros da Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, alegando que manter as igrejas abertas é essencial para o bem-estar da nação.

Os líderes da igreja argumentam que, com medidas de higiene rígidas e distanciamento social em vigor, o culto público "apresenta um risco imensamente menor de transmissão" do que bares, restaurantes, academias, escritórios e escolas, embora seja "mais importante do que todos eles".

"Nossa tarefa dada por Deus como ministros e líderes cristãos é levar as pessoas a Jesus Cristo, que disse que veio para trazer 'vida em toda a sua plenitude'", escrevem eles.

Eles destacaram que as restrições são cada vez mais severas e estão tendo um poderoso efeito desumanizador na vida das pessoas, resultando em uma onda crescente de solidão, ansiedade e danos à saúde mental.

"Isso afeta particularmente os desfavorecidos e vulneráveis ​​em nossa sociedade, ao mesmo tempo que corrói as preciosas liberdades de todos. Em nossas igrejas, muitos têm trabalhado incansavelmente para fornecer ajuda aos mais afetados." 

Os ministros da igreja continuam dizendo que não podem apoiar políticas que, ao mesmo tempo que visam eliminar ou suprimir o vírus, "causam mais danos às pessoas, famílias e sociedade - física e espiritualmente - do que o próprio vírus".

“O culto público da igreja cristã é particularmente essencial para o bem-estar de nossa nação”, continua a carta.

Eles reforçaram que os relacionamentos de apoio que as igrejas cultivam entre as pessoas são vitais e simplesmente não podem ser dispensados ​​novamente sem danos significativos. "E, acima de tudo, sabemos que reunir-se regularmente para adorar a Deus é essencial para que a vida humana seja vivida plenamente." 

Eles concluem dizendo que não devem ser solicitados a suspender novamente o culto cristão. "Fazer isso causaria sérios danos às nossas congregações, nosso serviço à nação e nosso dever como ministros cristãos", disseram eles. 

"Portanto, conclamamos o Westminster e os governos delegados a encontrar maneiras de proteger aqueles que realmente são vulneráveis ​​à Covid-19, sem restrições desnecessárias e autoritárias a famílias amorosas, relacionamentos pessoais essenciais e o culto da Igreja Cristã." 

Os signatários da carta incluem o Rev. Dr. William Philip, Ministro da Igreja Tron, Glasgow, o Rev. Dr. Peter Sanlon, Reitor da Igreja Emmanuel, Tunbridge Wells, o Rev. Tim Vasby-Burnie, Vigário de St George's, Shrewsbury, o Rev. Reuben Hunter, pastor principal da Trinity West Church em Londres, e o Rev. Paul Levy, Ministro da Igreja Presbiteriana Internacional Ealing. 

(*) Com informações de Christian Today