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São Paulo, 20/04/2024

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    Culto online substitui o culto presencial?

    Durante o isolamento social e o fechamento das igrejas, pesquisa constatou que muitos cristãos se esfriaram

    Fonte: Pixabay
    Culto online substitui o culto presencial?

    Pesquisa realizada pelo Instituto Barna, dos Estados Unidos, revelou que a pandemia do novo coronavírus abalou o mundo todo em muitos aspectos, inclusive a vida espiritual de muitos cristãos. 

    Durante o isolamento social e o fechamento das igrejas constatou-se que um em cada três cristãos nos Estados Unidos parou de assistir aos cultos na internet, seja de sua própria igreja ou de outras denominações.

    O estudo revelou que 32% não frequentam mais nenhuma igreja. Além disso, 50% dos cristãos da geração Y (entre 25 e 40 anos) deixaram de frequentar os templos.

    Entre os cristãos praticantes que diminuíram ou pararam completamente a frequência digital ao culto, os dados do Barna mostram que o crescimento espiritual e pessoal foram prejudicados.

    Ficou claro que cristãos praticantes que pararam de frequentar a igreja nas últimas semanas são mais propensos do que todos os outros cristãos praticantes a dizer que se sentem entediados "o tempo todo" ou que se sentiram "inseguros" por pelo menos alguns dias.

    Cuidado com o esfriamento espiritual

    Muitas igrejas já estão abertas e seguindo todas as medidas de segurança estabelecidas pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde, para evitar o contágio do novo coronavírus. 

    Porém, ainda há muitos cristãos que, apesar de irem ao mercado, ao trabalho, a passeios, pegarem conduções lotadas, entre outras atividades do dia a dia, ainda não retornaram aos cultos presenciais, usando como desculpa a pandemia.

    Para o reverendo presbiteriano Heber Carlos de Campos Júnior, os meios virtuais não são capazes de suprir completamente a comunhão com Deus que se tem ao frequentar uma igreja. "Por sermos seres físicos, há coisas que não podemos fazer à distância. Não podemos experimentar todas as coisas do culto quando estamos sozinhos: não expressamos nossa alegria em louvores a uma só voz, não batizamos virtualmente e não partilhamos do pão da ceia. Não podemos fugir dessa realidade de que não saboreamos a doçura da comunhão dos santos da mesma forma como fazíamos antes da pandemia", observa. 

    Tendo em vista essa realidade, o reverendo aconselha que se use todos os meios virtuais que nos são cabíveis agora para ensinar as Escrituras e encorajar uns aos outros à perseverança. "Todavia, tais meios não devem servir como substitutos do culto público, mas apenas para despertar a ardente expectativa de que em breve nós seremos reunidos novamente", ressalta.

    Cyro Ferreira, pastor presbiteriano que trabalha como missionário na Selbständige Evangelische Reformierte Kirche (SERK), em Heidelberg, Alemanha, alerta que, embora as tecnologias tenham avançado a tal ponto de nos entregar uma qualidade de imagem e vídeo bem próximos do real, transmissões de internet não são seres humanos reais. Por isso não podemos equiparar um culto público a uma reunião via internet.

    "O Senhor deseja que estejamos presentes de corpo e alma no culto. Aproveitem os recursos que a tecnologia nos dá, mas não ofereça a Deus, menos do que Ele deseja de nós. Por isso, 'rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional (Rm 12.1)'", conclui. 




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