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São Paulo, 24/04/2024

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    Perseguição religiosa: Angola corre risco de perder capital estrangeiro, alerta especialista

    Professor fez uma análise sobre os recentes ataques a religiosos que vivem no país africano


    Perseguição religiosa: Angola corre risco de perder capital estrangeiro, alerta especialista

    Em entrevista ao site Unigrejas, o Professor Visitante na Universidade de Relações Exteriores da China, em Pequim, Marcus Vinicius de Freitas (foto acima), que atualmente está em São Paulo devido à pandemia, fez uma análise sobre os recentes ataques criminosos dirigido por ex-pastores a religiosos residentes no país africano. (Entenda o que aconteceu clicando aqui)

    Ele destacou que o governo angolano, ao ser lento em responder esse tipo de agressão a um investidor estrangeiro ou a um grupo religioso que investiu no país, transmite uma mensagem de insegurança para a comunidade de investidores internacionais. “Uma vez que, ao se notar que o governo não responde de uma maneira rápida, sólida e segura, isso faz com que todos aqueles que considerem fazer um investimento em Angola passem a ter segundas reflexões. E como Angola é um país que precisa de investimento em virtude de seu processo histórico de Guerra Civil e da queda do preço do petróleo, isso é um sinal complicador para o governo angolano”, alerta o especialista.

    O professor também acredita que não há dúvida que ao afastar o investimento estrangeiro, Angola vai perder as vantagens na entrada do capital estrangeiro, com o acesso a novas tecnologias, melhoria ao nível de vida da população até mesmo ao emprego. “Pois as empresas não terão tanto interesse em expandir suas atividades ou iniciar uma série de investimento, isso leva de fato ao empobrecimento do país. Esse tipo de situação piora ainda mais a situação de um país que precisa da entrada de investimento estrangeiro.”


    Para o especialista, a posição mais adequada do governo angolano nessa situação seria, de fato, verificar in loco o que aconteceu e proteger o investimento estrangeiro, deixando de lado o populismo. “O governo angolano deveria ter uma estratégia muito rápida na comunicação com o investidor estrangeiro e deixar claro para a população qual será o resultado, ou seja, os impactos, das medidas adotadas sacrificando o investimento estrangeiro no longo prazo”, aconselha.

    Repercussão

    No Brasil, autoridades têm se manifestado e repudiado a omissão das autoridades angolanas com respeito às agressões contra pastores brasileiros.

    No dia, 11 de julho, o ministro do STF Marco Aurélio Mello se manifestou a respeito. Em sua fala, ele defendeu a liberdade. “Preocupante é o nacionalismo exacerbado. Hoje, vive-se em um mundo globalizado, a pressupor compreensão, temperança e tolerância. Paixões devem ser afastadas. Há de prevalecer a liberdade em sentido maior”, disse o magistrado.


    O vice-presidente da câmara dos deputados, Marcos Pereira (foto acima), também manifestou repúdio aos ataques violentos no país e disse que tem acompanhado a situação de perto.

    O ministro da justiça, André Mendonça, por sua vez, pontuou que é fundamental que as autoridades angolanas garantam a integridade dos brasileiros em Angola.

    “O próprio presidente Jair Bolsonaro enviou uma carta ao presidente angolano, para que os direitos dos brasileiros sejam garantidos dentro do país. Assim, nós esperamos que essa garantia ocorra na sua integralidade”, afirmou.

    A União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos (Unigrejas) foi a público – representando mais de 50 mil pastores brasileiros – por meio de um abaixo-assinado, para repudiar a violência contra missionários brasileiros em Angola. 

    “Os recentes acontecimentos de manifesta violência à ordem Constitucional assombraram a UNIGREJAS e, como representante ativa de milhares de ministros evangélicos no Brasil, vem manifestar o seu repúdio frente à omissão das autoridades angolanas”, diz a nota de repúdio.

    Além disso, a Unigrejas ainda afirmou que a atitude das autoridades pode incentivar a conduta de criminosos no país. 




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