A pandemia é pretexto para perseguir igrejas?
Jornalista dos EUA acredita que isso está sendo feito
A Califórnia (EUA) acaba de proibir os
cristãos de recitarem orações em grupo ou cantarem em suas igrejas. De
acordo com a CNN local, o governador Gavin Newsom afirma que essa é uma
medida para combater a pandemia de COVID-19.
Para a jornalista cristã californiana
Missy Crane, esse é um ataque direto ao cristianismo. Isso porque orar
em grupo e louvar os hinos cristãos são tradições cristãs há séculos.
Ela descreveu a nova lei como “mesquinha e odiosa”, com espaço para a
execução, porque a mídia voltou a “vender o pânico de COVID-19”.
“O absurdo disso tudo é que você pode se
juntar a centenas de milhares de pessoas e saquear, se revoltar e
protestar. Tudo isso sem nenhum problema. Mas não pode cantar na
igreja”, criticou Crane.
Pelo mundo
Califórnia, entretanto, não é o único
Estado a tomar decisões como essa. Na Inglaterra, por exemplo, após as
igrejas permaneceram fechadas por mais de três meses, a reabertura
chegou junto com a orientação para os cristãos “não cantarem, nem
realizarem ofertas em dinheiro”.
Outros países, como China, Kwait,
Alemanha e Índia também fecharam as igrejas. Já a Coreia do Sul ameaçou
adicionar as igrejas aos “locais de risco extremo” durante a pandemia.
Todas essas ações são tomadas em nome do
“combate à pandemia”. Entretanto, pouca ou nenhuma evidência científica
é apresentada comprovando a validade das medidas. Nos EUA, por exemplo,
o presidente Donald Trump, conhecedor dos números da pandemia em todo o
país, não legislou pela proibição de cantos nas igrejas. Por que
somente seu adversário político Newsom teve essa atitude?
Por aqui não é diferente
No Brasil está claro o desacordo de
prefeitos e governadores em relação às medidas recomendadas pelo
Ministério da Saúde, principal entidade médica nacional. Exemplificando:
enquanto o presidente Jair Bolsonaro defende o exercício da fé como
“atividade essencial”, a prefeitura de Pinheiro Machado (RS) proibiu a
abertura das igrejas. Ao liberar, permitiu apenas um culto por semana.
Muitos outros fizeram o mesmo.
Já em Goianésia (GO), as igrejas podem
ser abertas apenas às terças-feiras até às 21h. Qual seria a lógica?
Após esse horário o novo coronavírus é mais perigoso? Há evidência
científica que ateste a terça-feira como o dia mais seguro da semana?
Também em Goiás, na cidade Formosa, os
templos religiosos podem ser abertos apenas aos domingos. O domingo é
mais seguro do que a terça? Ou do que qualquer outro dia? Aparentemente,
a escolha do dia é apenas um ato arbitrário tomado por governantes
contra as igrejas.
Além do fechamento
Outro abuso cometido é o limite surreal
de pessoas nos templos. A cidade Sapucaia do Sul (RS), chegou a permitir
apenas dez pessoas dentro da igreja, independentemente do tamanho dela.
Hoje, o limite é 30 pessoas, desde que não ultrapasse 25% da capacidade
local. Não importa se 25% da capacidade local sejam 50 pessoas, somente
30 poderão entrar. E aos sábados e domingos (dias em que, normalmente,
as pessoas não trabalham e podem ir ao templo exercitar sua fé), é
proibido abrir a igreja.
Em São Bernardo do Campo (SP), a
perseguição vai além: não só são proibidos dízimos e ofertas, como
também é limitada a duração dos cultos a 60 minutos. A pergunta é: há
evidência científica para essa limitação de tempo?
Como afirmou Missy Crane, o que governantes estão fazendo em relação a igrejas “é pura insanidade”.
“Espero que todos aqui estejam bem
acordados e vejam exatamente o que está acontecendo e comecem a falar,
verdadeiramente, em voz alta. Antes que não tenhamos nada mais pelo que
lutar”, conclamou a jornalista.
Defendendo o direito da população
No Brasil, todos os cidadãos são livres para praticarem sua fé. Inclusive, durante tempos tão difíceis quanto à pandemia, em que as pessoas estão ficando cada vez mais deprimidas, a prática da fé se faz extremamente necessária para salvar vidas.
Por isso, a Unigrejas tem atuado, como
representante de inúmeras igrejas cristãs, em busca da flexibilização da
quarentena para que as igrejas possam receber os cidadãos. O objetivo é
ajudar aos mais necessitados, sempre respeitando as medidas de
segurança e higiene recomendadas pelo Ministério da Saúde.
O responsável pela Unigrejas, Bispo Eduardo Bravo, explica como o grupo tem atuado:
“Conversamos com mais de mil
prefeituras, em todo o Brasil, buscando a flexibilização para as
reuniões e o entendimento de que as igrejas fazem parte de um serviço
essencial”.
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