“Controle de gastos públicos”, “acelerar as privatizações” e “reduzir privilégios e desperdícios”, foram as frases citadas pelo atual Ministro da Economia, Paulo Guedes, assim que as eleições presidenciais para 2019 se deram por encerradas. Ele não citou dados ou previsões, apenas anunciou as ações do novo Governo. No entanto, o que elas realmente significam? 

Há décadas, nós, brasileiros, temos presenciado os altos e baixos da economia e, mais recentemente, ela esteve caminhando de mal a pior. Se mencionarmos que o salário mínimo não é suficiente para a sobrevivência de uma família, pois o percentual de aumento que o trabalhador recebe, anualmente, é infinitamente inferior ao percentual de aumento que ele se depara diariamente nas compras que realiza, torna-se relativamente fácil compreender que algo nas contas está errado. 

Mas, e quando ouvimos que a moeda está desvalorizada no mercado internacional, que a alta da inflação tem sido notória no dia a dia e, principalmente, que o aumento da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) chegou a ultrapassar a marca de 5 trilhões de reais em 2018, chegando a quase 80% do PIB (Produto Interno Bruto). O que se compreende dessas afirmações? 

Basta compararmos o real – moeda brasileira – com o dólar ou o euro que a discrepância entre os valores é notória. A inflação fechou o ano de 2018 em 3,75% e, apesar de estar abaixo do que foi estipulado pelo go verno, ela ainda foi fortemente sentida no bolso. E o que falar das dívidas do País? 

A DBGG abrange todos os débitos dos governos Federal, Estadual e Municipal, e, é baseando- se no valor da dívida, que investidores internacionais decidem o quão arriscado pode ser – ou não – investir no Brasil. De maneira bem simples: quanto maior for a dívida, mais riscos eles enxergam e, consequentemente, o receio também se excede. 

Apesar dessas más observações, somadas ao longo dos últimos anos, no primeiro trimestre de 2019 o cenário já começou a se alterar. A Bolsa de Valores surpreendeu e bateu o seu recorde. A moeda brasileira está recuperando suas forças, mesmo que seja lentamente. Os números ainda oscilam, principalmente pelo fato de ainda haver muitas medidas a serem definidas – como a Previdência Social, já que o Governo alega que este é um dos principais gastos – para que, assim, seja possível definir o cenário econômico no País e, principalmente, determinar as expectativas e conquistá-las. 

O caminho a se percorrer para reassumir o controle e salvar a economia brasileira ainda é árduo, extenso e, às vezes, pode parecer inconcebível. Mas a expectativa do próprio Ministro da Economia é que isso se concretize ainda este ano e que o Brasil possa começar a desfrutar de um “superávit no segundo ano [2020]”. 

As expectativas são altas e o futuro ainda parece incerto, mas o sonho dos brasileiros é que um dia possamos desfrutar de uma economia forte, positiva e cujos investimentos passem a ser na população e, não mais, no pagamento de dívidas e desvios de verbas. O Brasil quer reassumir o controle.

Minha opinião a respeito

Por Paulo de Tarso (Pastor e palestrante do Ministério Finanças para a vida e autor da série "Finanças em ação")

"Quando a nossa atenção se volta para a Palavra de Deus, podemos ter a certeza de dias melhores, pois Deus tem um interesse especial em que sejamos excelentes administradores dos recursos que Ele mesmo coloca sob nossa responsabilidade. 

Salomão, que foi líder governamental, em sua grande sabedoria nos deixou o seguinte princípio: "Os planos bem elaborados levam à fartura; mas o apressado sempre acaba na miséria." (Pv. 21.5) 

Assim, podemos ter a certeza de que, quando colocamos em ação os princípios financeiros da Palavra de Deus, a situação econômica começa a mudar, mesmo numa economia que ainda precisa se recuperar”