O ex-jogador de futebol Cicinho, que teve a carreira marcada por atuar no São Paulo, na seleção brasileira e com passagem por grandes clubes europeus, como Real Madrid e Roma, falou, recentemente, sobre como sua fé cristã o ajudou a superar o problema com alcoolismo.

Cicinho conta que tudo começou com o primeiro gole, quando ele tinha 13 anos de idade, tendo só parado aos 30 anos. “Foram quase 20 anos bebendo”.

Segundo contou em entrevista a um jornal, ele chegava a beber quase 10 caixas de cerveja em um único dia. Além do vicio no álcool, Cicinho também fumava, o que perdurou por 11 anos da sua vida, tendo passado por tratamentos médicos e, também, psicológicos.

O ex-jogador diz que somente percebeu que estava “exagerando no consumo do álcool” quando perdeu o prazer de jogar futebol, aos 30 anos, quando atuava como lateral do clube de Roma.

“Sempre fui apaixonado por futebol. Quando Deus dá um dom e a gente não sabe administrar, é porque tem algo de errado. Não tinha mais prazer em entrar no campo, treinar e me concentrar”, revelou. 

O testemunho do jogador é, também, a realidade de muitos jovens brasileiros, e não somente de atletas das bases ou profissionais, pois Cicinho foi um dos melhores laterais que o Brasil já teve. E tudo o que conseguiu foi com a bola nos pés. Mesmo assim, a bebida o fez perder o gosto pelo futebol.

Sua história, dura, porém, verdadeira, serve para muitos no sentido de alertar a todos sobre os males do alcoolismo para o atleta, afinal, todos sabemos que um jogador precisa muito do seu corpo saudável e do seu físico preparado, a fim de suportar, ao menos, os 90 minutos de uma partida.

Infelizmente, o futebol perdeu jogadores importantes para a bebida. O mais famoso deles foi Garrincha, o qual marcou seu nome na história do futebol brasileiro, apelidado de “alegria do povo”. Outro que teve sérios problemas com o álcool foi o ex-jogador Sócrates que morreu, aos 57 anos, em 2011.

No período de 2010, Cicinho conheceu sua futura esposa. Ele afirma que notou algo diferente, nela: “me despertou conhecer os princípios que ela tinha, que eram voltados para a Palavra de Deus, e foi assim que tive minha transformação”, conta.

Ainda segundo Cicinho, ele nunca foi um “cara baladeiro”, mas sabia que o álcool não poderia trazer satisfação. “Decidi parar de beber da noite para o dia, optei por uma transformação. Esse processo foi quando conheci Jesus”, afirma.

E continua: “Minha conduta fala mais do que palavras. Quando a gente tem um encontro com Deus, com a fé que tenho, não existe etapas”, acrescenta ele. 

O gol mais importante da minha vida

Cicinho se orgulha em dizer que há oito anos não tem mais problemas com álcool e cigarro, é fiel à sua esposa e vive os princípios da Bíblia. “É isso que pretendo: falar do nome de Deus por onde caminhar, porque foi o que mudou minha vida e é o que vai mudar a vidar das pessoas”, destaca ele.

O ex-jogador diz que vê Jesus como um modelo de conduta e tem o coração aberto para falar sobre os traumas do passado, “porque superei todos os vícios que tinha e hoje meu prazer é contar meu testemunho”.

Na igreja onde ele e a esposa frequentam, Cicinho é líder de casais. Ao ser questionado de um dia ser pastor, ele responde: “Está nas mãos de Deus. Se Ele achar que sou a pessoa certa, estarei preparado”, concluiu o atleta.

Cicinho tem 39 anos, é casado com Marry, com quem tem duas filhas. Além das meninas, o jogador tem outro filho, o primogênito Heitor, do seu casamento anterior.