Gafanhotos têm devastado a África Oriental. Enxames que chegam ao tamanho da cidade nova iorquina Manhattan estão devorando plantações pela região. Eles são capazes de comer, em um único dia, o equivalente ao que a população do Quênia comeria. 

Agora, a Organização das Nações Unidas (ONU) tem pedido doações para ajudar a conter os insetos, que têm vindo da Península Arábica. No início deste ano, a ONU pedia U$76 milhões, mas até agora, apenas U$20 milhões foram arrecadados.

De acordo com a ONU, os locais mais afetadas pelos gafanhotos são: Etiópia, Quênia e Somália, o que afeta mais de 13 milhões de pessoas, deixando-as com insegurança alimentar. Além disso, pelo menos 10 milhões de pessoas vivem nas áreas diretamente afetadas. 

Até o fechamento desta reportagem, os gafanhotos já tinham destruído mais de 70 mil hectares de terra na Etiópia e na Somália. A situação deixa os dois países com reservas de alimentos ameaçadas. Para se ter uma ideia, um enxame é capaz de destruir uma plantação que alimentaria 2.500 pessoas.

Uma reflexão

É quase incontável o prejuízo que a população deste lugar tem enfrentado. Fazendeiros têm perdido o que levou dias para plantar. Nações estão ficando sem abastecimento de alimentos e viver nesses locais tem sido ainda mais difícil.

Essa situação, no entanto, permite que todo cristão faça uma reflexão sobre sua fidelidade. No livro de Deuteronômio, no capítulo 28, Moisés fala sobre as bênçãos que alcançarão aqueles que ouvirem e guardarem todos os mandamentos de Deus.

Todavia, no mesmo capítulo, ele ressalta, também, quais são as maldições decorrentes da desobediência à Palavra de Deus. Veja uma delas a seguir:

“Lançarás muita semente ao campo; porém colherás pouco, porque o gafanhoto a consumirá. Plantarás vinhas e cultivarás; porém não beberás vinho, nem colherás as uvas; porque o bicho as colherá.”Deuteronômio 28:38-39

Não, necessariamente, gafanhotos invadirão casas e propriedades de quem não obedece à Palavra de Deus, como tem acontecido na África Oriental, por exemplo. Moisés usou a analogia de gafanhotos para que o povo entendesse que o mal destruiria tudo quanto as pessoas possuíssem, caso não fossem fiéis a Deus.  

O preço a se pagar pela desobediência à Palavra de Deus é enfrentar toda sorte de aflições, fracassos, doenças e outros dissabores.

Na prática, esses gafanhotos são as dívidas que consomem todo o salário do mês da pessoa. São os remédios que as doenças a obrigam comprar todos os meses. São os problemas que o carro apresenta, mesmo depois de uma revisão completa. 

Essas coisas não acontecem como castigo de Deus, mas porque, a partir do momento que o ser humano não faz uma aliança com o Altíssimo, ele fica vulnerável aos ataques dos gafanhotos, isto é, às ações do próprio diabo. 

O dízimo

Portanto, a única forma de cessar essa maldição é se rendendo à vontade de Deus que é boa, agradável e perfeita (Romanos 12:2). Além disso, é por meio da fidelidade nos dízimos que esses gafanhotos são eliminados. Veja:

“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos.” Malaquias 3:10,11

Somente a fidelidade, na devolução das primícias, impede a ação do devorador. Já a infidelidade não só retém as bênçãos, como dá liberdade para o espírito devorador consumir o fruto do trabalho. Astutamente, o diabo mina as finanças do infiel provocando enfermidades, prejuízos, investimentos errados, dívidas e outros males. Já o fiel recebe de volta multiplicado tudo aquilo que oferece a Deus.